domingo, 10 de novembro de 2013


O ARREPENDIMENTO CORRÓI


      Socorro preciso de ajuda estou desesperada, não consigo mais continuar aqui nesse lugar, nesse lamaçal, aqui tudo é dor e sofrimento, nunca distinguimos os dias das noites, a escuridão e o frio aqui são eternos, se fazem constantes.
      Ouço vozes horríveis me xingando, me chamando de assassina, de matadora de anjos, de assassina cruel. Ah meu Deus já não consigo mais, humildemente peço tua ajuda, peço que me auxilie e que tire daqui. Sei que sou espírito indigno de receber ajuda, mas não posso mais. Peça a Jesus e a sua Mãe Maria que venham ao meu auxílio. Envergonho-me imensamente de rogar auxílio, pois eu mesma em outras épocas não auxiliei os pequenos que reencarnariam, quantas vezes arranquei espíritos do ventre de mães descompromissadas, outras desesperadas e até mesmo do meu ventre que jamais abrigou definitivamente um espírito, pois todos que se implantavam em meu útero eram igualmente retirados, sem nenhum arrependimento ou remorso.
        Hoje o arrependimento me corrói, auxilia-me Deus, auxilie essa criatura estúpida que só errou na última encarnação, nada fiz nem por mim nem por ninguém.
        Só tenho certeza e é com muita humildade que lhe peço, meu Pai me ajude.

                                    Fui dona de um prostíbulo.
                                                                        Anna   

Psicografia recebida em Reunião Mediúnica em 02 outubro 2013
                                                                                            Médium Débora 

domingo, 29 de setembro de 2013


Só do dinheiro


             Não entendo o porquê de me permitirem escrever, visto que ninguém procurou saber de mim e além do mais se minha família tiver acesso a esta carta não vão acreditar, nunca nenhum de nós acreditou que espíritos voltassem para falar aos vivos. Hoje eu sei que estava errado, muito errado.
              Talvez por ter sido tão incrédulo eu esteja sofrendo tanto, tudo me parece muito difícil, não consigo aceitar o que me aconteceu nem me conformo em ter que ficar aqui onde estou, o tempo parece estagnado, nada me tira da tristeza e da dor de viver aqui, sou muito infeliz, não consigo me superar.
            Quando vivo eu era muito materialista e até um tanto sovina, mas não me importava, afinal porque teria eu que sempre dei duro para conseguir o que eu tinha, e olha que era um patrimônio invejável, dividir, ou dar as coisas de mão beijada, nunca achei justo, enfim não era e acho que nem aprendi a ser caridoso, tudo para mim tinha um preço, um valor.
             Tenho tentado superar algumas coisas, mas sinceramente não consigo, me sinto fracassado e infeliz. Não gostava da vida, só do dinheiro e gosto ainda menos da morte porque nela nem dinheiro temos.
             Não quero mais dizer nada e nem tenho que dizer me sinto péssimo, sofro dores, tenho feridas pelo corpo e cheiro mal, sou um fantasma, uma sombra triste do que um dia eu fui.
                                                               
                                                                               Aldo  


                                                      Psicografia recebida em Reunião de Psicografia em 30 nov 2011
                                                                            Médium Débora 

sexta-feira, 27 de setembro de 2013


“O amor cobre multidão de pecados” (1 Pedro 4:8).


                         Enquanto permaneci sobre esta terra não passei de um fardo pesado para meus familiares. Desde a adolescência rebelde, afeiçoei-me às sensações mundanas e aos prazeres fúteis da juventude. Logo engravidei de meu primeiro filho mas, nem por isso, emendei-me com dizia minha vozinha que me criara. Abandonei as responsabilidades maternas a outrem, tal qual haviam feito comigo. O pai da criança nem mesmo dignou-se a conhecê-la, descrendo de sua paternidade diante de meu comportamento notoriamente promíscuo. Cedo conheci o mundo das drogas e, na ânsia de sustentar o vício odiento, entreguei-me também a pequenos furtos e roubos na comunidade em que vivia. Afundei até onde um ser humano poderia fazê-lo, inibindo em mim mesma os sentimentos mais elevados os quais, se, agasalhados em meu peito indócil, teriam-me poupado muitas desventuras e angústias.
                         Outros filhos vieram ao mundo em decorrência de minha prostituição à qual lancei mão para o sustento do vício que me consumia visivelmente. Deixei-os, assim como ao primeiro, em desamparo e, na falta de cuidados materiais, logo foram parar em abrigos de assistência social. Minha pobre vozinha partiu antes de mim talvez por tristeza cansada por minhas atitudes e conduta desregrada.
                         Quando fui parar na cadeia, a primeira vez, já não tinha um lar a minha espera e pouco me importava com minha própria sorte. Conheci lá dentro religiosos que, sobriamente vestidos e bem calçados, vinham, de tempos em tempos, “pregar” o livro Santo na tentativa de resgatar nossas almas por meio da confissão e do arrependimento dos pecados. Entre idas e vindas do cadeião conheci uma pobre mulher que, como eu, escolhera os caminhos errados. Presa, ainda grávida, veio a dar  à luz a pobre e desamparada criança com insuficiência respiratória em noite de forte tempestade. Desenganada pela enfermeira plantonista foi deixada à própria sorte juntamente com sua genitora por horas a fio à espera de socorro, que por razão do mau tempo tardou a aparecer. Tocada pela cena derradeira e presa de forte sentimento que não sei explicar velei noite a dentro mãe e filha, mantendo esta aquecida em meus braços até seu último suspiro.
                         Anos mais tarde, ao desencarnar, esquecida em uma cama imunda de pensão que, durante as noites transformava-se em bordel, pensei que estavam a me procurar criaturas horripilantes e de degradas por sensações as mais vis. Encontrava-me em escuro corredor tentando fugir dos olhos tenebrosos que me espreitavam na sombra quando, de uma pequena faixa luminosa surgiu um jovem de olhar doce e amável. Estendeu-me a mão sem questionar meu passado ou minhas culpas. Apenas entrelaçou aos meus os seus suaves dedos e conduziu-me para fora daquele pesadelo horrível. Era a criança que eu, anos atrás, acalentara junto ao seio, talvez o único gesto sincero de amor que tenha realizado em minha tormentosa existência. Apenas ele lá estava para me conduzir à saída, apenas este gesto bastou para que eu merecesse a misericórdia e hoje aqui estou, de passagem, para deixar com esta estória a lição de que mesmo o mais acanhado gesto de amor pode determinar o futuro de cada qual.
                        Assim me despeço, já em prantos, aguardando nova chance nestas terras.
  
                                                Aline ,  um espírito ansioso por reparação. 

                                  Psicografia recebida em Reunião de Psicografia em 14 dez 2011

                                                                                                   Médium Ana 

domingo, 15 de setembro de 2013


QUERO A PAZ

                       Quero a paz querida irmã. Atraído pelos oferecimentos de auxílio, aqui estou a dizer-lhes que sufoco no desespero que não se acalma. Não, ninguém pede por mim. Vivo após a morte do corpo, como vivi quando ainda o possuía. Não amealhei nada de bom. Sempre leviano e zombeteiro, gastei meu tempo perturbando o sossego dos outros. Sempre gostei de zoada. Com essa conduta atraí companhias vivas e mortas que nem sei se posso dizer que agiam com eu, mas, acho que bem pior. Aceitei sempre qualquer pedido de ajuda nas vinganças, nas desforras que qualquer um que me pedisse, ganhava a minha cooperação.
                Morri cedo. Envenenado pelos vícios, pelas palavras chulas e ações todas envolvidas na maldade, atitudes que me consumiam e me levaram para lugares horrorosos neste plano desconhecido. Cruéis, muito cruéis àqueles que passaram a constituir minhas companhias Muito sofrimento. Mas, até com o sofrimento a gente acostuma. Estou aqui. Sofrido, mas nem mesmo uma fibra, um sentimento melhor, encontro em mim mesmo.
                      Vejo vocês, sérios, atentos, convictos e invejo-os. Também eu quero crer. Também eu quero encontrar alguém que goste de mim. Que bom seria. Você que me atende pode fazer alguma coisa por mim? Agradeço se puder.
                     Estou cansado, me sinto doente. Ah! Que bom seria morrer, desaparecer.   
                     Sofro. O sofrimento sufoca.
                     Adeus. 
                                                              Acho que não tenho nome.  

                                               Psicografia recebida em reunião mediúnica de 07/03/2012.
                                                                                                        Médium L. Ferreira

O TEMPO


            Se hoje choras a dor da perda de um ente querido, se sentes em total desespero , saiba que amanhã será um novo dia e assim a cada dia e com o passar de muitos dias vamos nos conformando, vamos nos sentindo melhor, até chegar o dia da saudade serena, da lembrança feliz sem desespero.
            Se hoje passas por enfermidade que te castiga o corpo físico e suga suas energias, chegará o tempo que isso só passará de uma lembrança.
         Se hoje choras a dor, a angustia de mãe, de pai diante de um filho problema, que te faz sofrer, na se esqueça com o passar dos dias tudo vai se tornando mais fácil. 
           Aprendamos a aceitar os fatos e confiar no nosso maior amigo, o tempo, só ele é capaz de colocar tudo no lugar.
         Vamos dar tempo ao tempo e veremos que como todo dia termina e nasce um novo dia, assim são nossas dores, é só com passar do tempo que estaremos mais felizes.
             Paz, tranqüilidade e paciência.
             Fé em Jesus.
             Tudo passa assim como as dores também as alegrias.
             Cada dia tem seu mal e seu bem, vivamos um dia de cada vez.
             Paciência confiem em Jesus e no tempo.


                                               Carlinda ( Um espírito que aprendeu com o Tempo)

Psicografia recebida em Reunião de Psicografia em 16 Maio 2012

                                                                                            Médium Débora 

domingo, 1 de setembro de 2013



Missão Sagrada


              Me perdoe Jesus se não fui para meus filhos a mãe que podia ter sido.           
              Porque Jesus eu coloquei os prazeres mundanos acima de tudo? 
              Porque preferi a vida fácil e prazerosa? 
              Porque não cuidei das jóias que sua bondade confiou a mim?
              Tive oportunidades inúmeras e não aproveitei nenhuma delas. Falência total como ser humano e falência total como mãe.
               Quem sabe um dia poderei recebê-los outra vez em meus braços e ser pra eles tudo o que não fui dessa vez.

                                Uma mãe que faliu na sua missão sagrada.

                                                                                 Perdão

Psicografia recebida em Reunião de Psicografia em 05 jan 2011

                                                                                            Médium Débora 

 MÃE! 

          Mãe! Onde posso encontra-te?
          Há tanto tempo te busco, por tantos lugares te procuro!
          Mãe preciso de ti, sinto frio, preciso do seu colo acolhedor, vem mãe me deixe te ver só por mais                 uma vez.
          Que saudades dos dias idos da infância quando eu tinha você comigo e eu também estava contigo.
          O tempo passou mãe e tudo se transformou, aquela criança dócil se transformou em um ser maligno e           foi se afastando de você.
          Hoje te procuro e não consigo tem achar, tenho tanto arrependimento!
          Escolhi o caminho fácil e desregrado, abandonei todos os ensinamentos recebidos no calor e no amor           daquele lar simples.
          Te perdi, não sei quando.
          Te esqueci mãe, quando procurei caminhos errados.
          Hoje tudo o que queria era poder te ver mãe, te tocar, sentir o amor que um dia deixei escapar.
          Peço a Deus que se um dia eu tiver merecimento eu possa te reencontrar.
          Quem sabe até voltar e novamente poder ser embalada pelos seus braços acolhedores.
          Que saudades!
          Perdão minha mãe! Perdoa sua filha ingrata! Ah se o tempo voltasse, eu faria tudo tão diferente!
          Um dia mãe sei que poderei te ver no lugar maravilhoso onde você está, resplandecente de luz a                   iluminar a escuridão que vivo agora.
          Nesse dia mãe, serei o ser mais abençoado por deus, que saudades! Que arrependimento! Que dor!
          Venha mãe querida, venha até mim porque sei que para mim é impossível ir até você.

                                                                                            Consolação 

                         Psicografia recebida em Reunião de Psicografia em 02 abr 2012
                                                                                       Médium Débora 

quinta-feira, 29 de agosto de 2013




Drogas e vida


                   Após a minha morte, depois de muito vagar e sofrer, avistei alguém diferente que veio ao meu encontro, não podia confiar todos eram falsos e manipuladores, mas eles me convenceram a caminhar com eles pois seria o melhor para mim. Fiquei angustiado, mas segui o caminho. Cheguei a enfermaria de um grande hospital e fui acolhido com ternura. Eu um ser renegado, acolhido com ternura, o que é isso? Me perguntava. Não podia merecer tal afeto. Nunca fui uma pessoa boa, alias só me tornei ruim depois das drogas. Matei, roubei, torturei para te-la junto de mim.
                   Um dia, totalmente dopado por ela, resolvi tirar minha própria vida, pois não conseguia mais viver desta forma. Em momentos alternados de absoluta tristeza e alegria. E foi num desses momentos que resolvi fazer a única coisa que pude: “Morrer”.
Nossa, depois da morte vi que estava vivo. Um viver diferente, mas  estava. E a confusão mental se deu e foi ai que tudo começou. Eram só noites escuras, não tinha luz, sol, claridade. Era só tristeza, gemidos angustiantes. Pessoas sofrendo e sendo escravizadas. Onde estava? Que mundo era esse? Me socorram, quero sair daqui. Mas nada.A única ajuda que tive era para me afundar mais e mais no meio das lamas.
                  Fui conhecer Jesus, sua doutrina, seus ensinamentos a muito tempo depois. E foi tanto tempo que é como eu estivesse vivido 80 anos na terra. Me sentia assim.
               Mais refeito agora, mas com muitas coisas  a serem tratadas. Estou com amigos que posso chamar de querido pois tudo por mim fazem sem qualquer interesse.
                    E digo hoje Jesus obrigado por esta benção. Digo isso em lágrimas, lágrimas de alegria  por ter conquistado a vida.
                                                 
                                                                    Jesué  
          
                                                       Psicografia recebida em Reunião de Psicografia em Julho 2013
                                                 Médium: Regina 


               

sexta-feira, 23 de agosto de 2013


Consciência Pesada

            Caminhando pela vida, inebriado pelo vício e seduzido pelas formas, cheguei até aqui. Nem sei bem como ou quando deixei para trás estas vestes carnais cansadas e desgastadas. Se lamento a vida vazia de propósitos sublimes? Decerto que sim, pois sofro como condenado à punição pelo crime perpetrado. Se aos meus passos voltasse com o pouco esclarecimento que hoje desfruto, afastaria rumos e ambições.
            Não tenho a meu favor as alegações da insanidade inconsciente ou da ignorância escusável. Sei que as condições me eram favoráveis e, se não trilhei os caminhos da temperança, da humildade e disciplina, não foi pela ausência de exemplos e advertências. Doces recordações assomam a mente e me vejo, em plena exuberância juvenil, cabulando a aula promissora que outros dedicados mestres compassivos me dedicavam.
            Oh, arrependimento que me fulmina a consciência pesada. Me expresso aqui, em depoimento, como se pudesse desse peso expurgar-me, mas sei que somente o futuro me permitirá o resgate que hoje tanto anseio. Assim, a quem possa interessar, deixo estas vagas linhas de advertência para que utilidades frutifiquem na vida de seus leitores.
            Identificar-me? Que importa um nome. São eles tantos, em tantas vidas..

                         Psicografia recebida em Reunião de Psicografia  em 03 nov 2010

                                                                                          Médium A P O

DESPERTEMOS!

                                                          “Desperta, tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos
                                                                   e o Cristo te iluminará.” (Paulo, Efésios, 5:14)



               Vamos despertar para as coisas lindas desse mundo, o tempo passa e já é hora de abrirmos nossos olhos para as coisas que já não podem mais ficar adormecidas.
                Vamos abrir nossos olhos para o amor, a caridade, a alegria e, principalmente, para Jesus. Vamos trazer Jesus para dentro de nós. Vamos convidar o Amigo Divino para participar da nossa vida, das nossas alegrias, tristezas e decisões. Com Ele em nosso coração o nosso despertar com certeza será mais fácil.
                 A hora já se faz avançada, o tempo passa célere, por isso vamos despertar nossos olhos, nossas almas e principalmente os nossos sentimentos para aproveitarmos melhor o nosso tempo. A hora que passou não volta mais, então vamos despertar para as horas que virão e fazer delas, horas produtivas, de amor ao próximo, de caridade.
                 Vamos pensar no que passou? Sim, mas o que passou ficou para trás. Vamos pensar em tudo o que virá e em tudo de bom que possamos fazer daqui em diante.  
                  Se até aqui você andou “dormindo”, desperte. Desperte porque o tempo que passou não volta. Não deixe que o tempo que virá seja vazio, para que no futuro nós possamos pensar no tempo que passou com a satisfação e a alegria íntima de termos realizado o melhor de nós.
                  Vamos despertar agora para não chorarmos tristes lágrimas futuras.
                   Muita paz.
                                                        Um espírito amigo.

                                             
Psicografia recebida em Reunião de Psicografia no IDE em 02 jan 2011

                                       Médium D S C
Abandono

            O tempo passa ligeiro, ainda ontem eu era um rapaz cheio de vida e no auge das minhas forças, trabalhei, me apaixonei e constitui uma linda família, eram seis filhos; filhos esses que eu e minha companheira criamos dentro das leis de Deus, freqüentando sempre as missas, nunca nos descuidamos disso. Esses filhos tiveram uma infância feliz e com todo o conforto de que a minha situação permitia, sempre amados e amparados em todos as necessidades. Desses filhos, quatro se fizeram doutor e as minhas duas meninas lindas se casaram com homens de situação financeira privilegiada.
            Assim cada um tomou o seu rumo, cada um saiu do meu lar, ou do nosso lar para ganharem a vida, por essa época eu e minha companheira ainda não éramos tão velhos e fomos levando nossa vida de sempre, com a permanente visita dos filhos e netos, meu lar era florido. Como amei aquelas crianças, como minha companheira se deu aos netos e assim o tempo foi passando e começamos a envelhecer de fato, continuávamos como sempre na nossa vidinha, agora mais limitada pela idade, os netinhos cresceram e se tornaram homens e mulheres e por essa época as visitas eram cada vez mais esporádicas.  Os filhos não mais tinham tempo para nos visitar, tão preocupados em ganhar dinheiro, em ter fama, em ter cada vez mais e mais, e conseguiram, ficaram ricos com grandes aquisições financeiras.
            As visitas nessa época quase nula, eu e minha companheira telefonávamos, pedimos para que viessem em nossa casa, que nos dessem notícias e nos contassem sobre suas vidas, mas a resposta ara sempre que o tempo tava curto, que na próxima semana estariam conosco e assim passava meses sem que eles aparecessem para nos visitar, essa atitude deles era muito sofrida por minha companheira, ela sofria, sofria muitas vezes calada a ausência dos filhos.
            O tempo que não para nunca, passou mais um pouco e minha amada companheira foi acometida por um mal súbito e desencarnou, todos ficaram muito mobilizados com a morte da mãe e da avó, mas mobilização não passou das celebrações fúnebres. Acabado o funeral, cada um despediu-se de mim ali mesmo naquele cemitério, um se propôs a me levar para casa, voltei sozinho ao meu lar e  como seria minha vida daquele momento em diante? Como seria minha vida sem a doce companhia da companheira amada e de tantos anos de convívio? Entrei, orei a Jesus pedindo-lhe forças.
            Assim foi passando e cada vez eu ia envelhecendo mais e mais e os filhos queridos perceberam que eu não mais poderia continuar ali sozinho naquela casa, não tinha mais condições físicas de cuidar de mim mesmo. Uma tarde de inverno me lembro que fazia muito frio, meus filhos apareceram todos de uma só vez, pensei estar recebendo uma visita preparada por eles para me felicitar o coração, mas... qual foi minha surpresa? Me disseram que eu não poderia mais continuar vivendo ali naquela casa que foi meu lar durante tantos anos, no lar que passei os momentos mais felizes da minha vida, no lar que com sacrifício eu e minha companheira os criamos. Entendi afinal minha situação física não era boa, iria com qualquer um dos seis para a casa deles, bastava que decidissem, então querendo resolver logo a situação perguntei para a casa de qual deles eu iria, eles se entreolharam e um resolveu falar, falar o que eu nunca pensei ouvir em toda a minha vida, ele me disse:
          - Pai, todos nos trabalhamos e temos nossos compromissos, levar o senhor para a casa de qualquer um de nós é coisa impossível!
            Então Deus meu para onde me levariam? Talvez para a casa de algum neto? Não, a resposta veio clara e precisa: - Pai já arrumamos uma vaga pro senhor num asilo, mas não se preocupe não é um asilo comum, pagaremos muito caro para que o senhor tenha  o máximo de conforto, é um lar idosos com infra-estrutura para receber pessoas como o senhor, temos certeza que lá será muito bem tratado, sem contar que nos faremos visitas semanais, estaremos sempre juntos.  
            Fui para tal casa de idosos, realmente um lugar muito bem arrumado e com muitos profissionais para auxiliar-me no que fosse preciso. Era muito bem tratado. Semanas foram passando, depois meses, e até anos, nunca recebia visita de nenhum deles, pagavam as despesas, mais não faziam o que eu mais precisava, que era um pouco de amor  e de atenção.


            Passava horas imaginando o porquê de tanta ausência, muitas e muitas vezes pedi aos funcionários do lar para que ligassem para meus filhos dizendo que eu precisava deles, a resposta dos funcionários eram sempre as mesmas, “disseram que semana que vem estarão aqui” e de novo passava uma, duas, três, cinco, dez semanas e nada. Fui cada vez ficando sem esperança, sentia que o meu tempo já se esgotava, desisti enfim de procurar meus filhos, mas esquecê-los nunca, eles estavam sempre na minha memória e eu pensava:  - Deus o que fiz com esses filhos que criei com tanto amor, e que hoje me ignoram.
           Desencarnei, reencontrei minha companheira querida e fiquei sabendo que nem enterrar meu corpo eles foram, pagaram todas as contas da casa de idosos e se sentiram muito felizes por terem feito a sua parte a te o fim, dando ao pai o maior conforto possível. Será?
           Me pergunto, onde andavam quando eu precisava só da presença deles, só de um carinho, uma atenção, uma visita. Hoje daqui fico muito infeliz de ver o que foi preparado para o futuro de cada um. Peço a Deus que eles não passem por que passei, pelo sofrimento que me causaram, a muito já lhes perdoei e eles nunca se pediram perdão afinal fizeram a sua parte!!
           
                          Um espírito que sofreu na carne as dores do abandono, a tristeza de envelhecer sozinho, o desprezo dos filhos.
                          Pensem nisso!!!!

                          Muita paz.



                                             Psicografada na Reunião Mediúnica no dia 05/06/2013

                                             Médium D S C

sexta-feira, 28 de junho de 2013


Resgate de Santa Maria


            O som fazia-se ensurdecedor. Adrenalina acelerava os batimentos cardíacos aumentando a euforia já dissociada da pelos estímulos alcoólicos, sonoros e visuais. Ali aportamos com missão caridosa, mas que exigia extremo esforço e tenacidade. Apresentamo-nos como voluntários, formamos pequenos grupos especificamente para cada tarefa. Chegamos quando o pipocar de fogos multicolores trouxe o êxtase e o limiar do desastre. Rapidamente o fogo espalhou-se pelo palco temperado pela combustão do material inadequado. Assistimos o caos espalhar-se temperado pelo medo e pela descrença. Muitos percorreram, num átimo de segundo, as lembranças mais amorosas de suas vidas. A mente em torvelinho, de muitos outros, entorpecida por emanações deletérias, sequer propiciou o descortino rápido do perigo eminente. Gritos, urros e clamores seguiram-se ao bafo ardente da fuligem tóxica. O calor sufocante logo predominou no ambiente levando muitos à perda de consciência misericordiosa.
          Lá estávamos, contudo, a postos, em nome do Senhor, espargindo caridade e misericórdia. Não nos cabia perquirir, questionar as causas que levaram ao desastre. Não nos cabia distinguir culpados ou inocentes, mas tão só amparar a multiplicidade de almas enfermas de dor que, naquele instante, encerravam suas trajetórias carnais. E assim o fizemos, envolvendo em terno abraço cada alma que se desprendia, revigorando com nossas emanações vitais cada jovem e poupando-os o quanto podíamos da solidão e da dor da inconsolável partida.
          Bendito seja Deus e suas leis insondáveis para limitado conhecimento. Fomos úteis e isto nos bastou. A dor deixada pela partida de tantos jovens e generosas almas decerto seria amenizada pelo trabalho de muitos outros socorristas que se seguiriam ao nosso labor.
          Que Jesus nos abençoe e permita continuarmos a acolher em sentimentos de paz e compaixão as almas que se erguem após o túmulo.


                                                            Um espírito socorrista de Santa Maria   

                      Psicografia recebida em Reunião de Psicografia  em 30/01/2013
                                                                                  Médium  Débora 


Um espírito que não nasceu


Depois de passado tanto tempo de separação e dor...
Deus nos auxiliou e deixou que nos reencontrasse-mos.
A alegria era tão grande, não cabia em mim.
Me alojei no seu ventre e pude sentir a alegria desse reencontro, mas o que aconteceu?
Ao sentir as minhas vibrações você mãe começou a me repelir, você não queria compromisso, a juventude prometia muitas façanhas e você decidiu que eu não nasceria.
Que pena mãe, que pena!
Eu seria o seu amparo na velhice, o companheiro a lhe auxiliar nos momentos difíceis e compartilharia com você todos seus momentos de alegria.
Você não me quis.
Não importa, te perdôo e espero outra oportunidade, mesmo que muito tempo passe, um dia estarei junto à você.

                                                      Um espírito que não nasceu


Psicografia recebida em Reunião mediúnica  em 23jan 2013
Medium: Débora