quinta-feira, 29 de agosto de 2013




Drogas e vida


                   Após a minha morte, depois de muito vagar e sofrer, avistei alguém diferente que veio ao meu encontro, não podia confiar todos eram falsos e manipuladores, mas eles me convenceram a caminhar com eles pois seria o melhor para mim. Fiquei angustiado, mas segui o caminho. Cheguei a enfermaria de um grande hospital e fui acolhido com ternura. Eu um ser renegado, acolhido com ternura, o que é isso? Me perguntava. Não podia merecer tal afeto. Nunca fui uma pessoa boa, alias só me tornei ruim depois das drogas. Matei, roubei, torturei para te-la junto de mim.
                   Um dia, totalmente dopado por ela, resolvi tirar minha própria vida, pois não conseguia mais viver desta forma. Em momentos alternados de absoluta tristeza e alegria. E foi num desses momentos que resolvi fazer a única coisa que pude: “Morrer”.
Nossa, depois da morte vi que estava vivo. Um viver diferente, mas  estava. E a confusão mental se deu e foi ai que tudo começou. Eram só noites escuras, não tinha luz, sol, claridade. Era só tristeza, gemidos angustiantes. Pessoas sofrendo e sendo escravizadas. Onde estava? Que mundo era esse? Me socorram, quero sair daqui. Mas nada.A única ajuda que tive era para me afundar mais e mais no meio das lamas.
                  Fui conhecer Jesus, sua doutrina, seus ensinamentos a muito tempo depois. E foi tanto tempo que é como eu estivesse vivido 80 anos na terra. Me sentia assim.
               Mais refeito agora, mas com muitas coisas  a serem tratadas. Estou com amigos que posso chamar de querido pois tudo por mim fazem sem qualquer interesse.
                    E digo hoje Jesus obrigado por esta benção. Digo isso em lágrimas, lágrimas de alegria  por ter conquistado a vida.
                                                 
                                                                    Jesué  
          
                                                       Psicografia recebida em Reunião de Psicografia em Julho 2013
                                                 Médium: Regina 


               

sexta-feira, 23 de agosto de 2013


Consciência Pesada

            Caminhando pela vida, inebriado pelo vício e seduzido pelas formas, cheguei até aqui. Nem sei bem como ou quando deixei para trás estas vestes carnais cansadas e desgastadas. Se lamento a vida vazia de propósitos sublimes? Decerto que sim, pois sofro como condenado à punição pelo crime perpetrado. Se aos meus passos voltasse com o pouco esclarecimento que hoje desfruto, afastaria rumos e ambições.
            Não tenho a meu favor as alegações da insanidade inconsciente ou da ignorância escusável. Sei que as condições me eram favoráveis e, se não trilhei os caminhos da temperança, da humildade e disciplina, não foi pela ausência de exemplos e advertências. Doces recordações assomam a mente e me vejo, em plena exuberância juvenil, cabulando a aula promissora que outros dedicados mestres compassivos me dedicavam.
            Oh, arrependimento que me fulmina a consciência pesada. Me expresso aqui, em depoimento, como se pudesse desse peso expurgar-me, mas sei que somente o futuro me permitirá o resgate que hoje tanto anseio. Assim, a quem possa interessar, deixo estas vagas linhas de advertência para que utilidades frutifiquem na vida de seus leitores.
            Identificar-me? Que importa um nome. São eles tantos, em tantas vidas..

                         Psicografia recebida em Reunião de Psicografia  em 03 nov 2010

                                                                                          Médium A P O

DESPERTEMOS!

                                                          “Desperta, tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos
                                                                   e o Cristo te iluminará.” (Paulo, Efésios, 5:14)



               Vamos despertar para as coisas lindas desse mundo, o tempo passa e já é hora de abrirmos nossos olhos para as coisas que já não podem mais ficar adormecidas.
                Vamos abrir nossos olhos para o amor, a caridade, a alegria e, principalmente, para Jesus. Vamos trazer Jesus para dentro de nós. Vamos convidar o Amigo Divino para participar da nossa vida, das nossas alegrias, tristezas e decisões. Com Ele em nosso coração o nosso despertar com certeza será mais fácil.
                 A hora já se faz avançada, o tempo passa célere, por isso vamos despertar nossos olhos, nossas almas e principalmente os nossos sentimentos para aproveitarmos melhor o nosso tempo. A hora que passou não volta mais, então vamos despertar para as horas que virão e fazer delas, horas produtivas, de amor ao próximo, de caridade.
                 Vamos pensar no que passou? Sim, mas o que passou ficou para trás. Vamos pensar em tudo o que virá e em tudo de bom que possamos fazer daqui em diante.  
                  Se até aqui você andou “dormindo”, desperte. Desperte porque o tempo que passou não volta. Não deixe que o tempo que virá seja vazio, para que no futuro nós possamos pensar no tempo que passou com a satisfação e a alegria íntima de termos realizado o melhor de nós.
                  Vamos despertar agora para não chorarmos tristes lágrimas futuras.
                   Muita paz.
                                                        Um espírito amigo.

                                             
Psicografia recebida em Reunião de Psicografia no IDE em 02 jan 2011

                                       Médium D S C
Abandono

            O tempo passa ligeiro, ainda ontem eu era um rapaz cheio de vida e no auge das minhas forças, trabalhei, me apaixonei e constitui uma linda família, eram seis filhos; filhos esses que eu e minha companheira criamos dentro das leis de Deus, freqüentando sempre as missas, nunca nos descuidamos disso. Esses filhos tiveram uma infância feliz e com todo o conforto de que a minha situação permitia, sempre amados e amparados em todos as necessidades. Desses filhos, quatro se fizeram doutor e as minhas duas meninas lindas se casaram com homens de situação financeira privilegiada.
            Assim cada um tomou o seu rumo, cada um saiu do meu lar, ou do nosso lar para ganharem a vida, por essa época eu e minha companheira ainda não éramos tão velhos e fomos levando nossa vida de sempre, com a permanente visita dos filhos e netos, meu lar era florido. Como amei aquelas crianças, como minha companheira se deu aos netos e assim o tempo foi passando e começamos a envelhecer de fato, continuávamos como sempre na nossa vidinha, agora mais limitada pela idade, os netinhos cresceram e se tornaram homens e mulheres e por essa época as visitas eram cada vez mais esporádicas.  Os filhos não mais tinham tempo para nos visitar, tão preocupados em ganhar dinheiro, em ter fama, em ter cada vez mais e mais, e conseguiram, ficaram ricos com grandes aquisições financeiras.
            As visitas nessa época quase nula, eu e minha companheira telefonávamos, pedimos para que viessem em nossa casa, que nos dessem notícias e nos contassem sobre suas vidas, mas a resposta ara sempre que o tempo tava curto, que na próxima semana estariam conosco e assim passava meses sem que eles aparecessem para nos visitar, essa atitude deles era muito sofrida por minha companheira, ela sofria, sofria muitas vezes calada a ausência dos filhos.
            O tempo que não para nunca, passou mais um pouco e minha amada companheira foi acometida por um mal súbito e desencarnou, todos ficaram muito mobilizados com a morte da mãe e da avó, mas mobilização não passou das celebrações fúnebres. Acabado o funeral, cada um despediu-se de mim ali mesmo naquele cemitério, um se propôs a me levar para casa, voltei sozinho ao meu lar e  como seria minha vida daquele momento em diante? Como seria minha vida sem a doce companhia da companheira amada e de tantos anos de convívio? Entrei, orei a Jesus pedindo-lhe forças.
            Assim foi passando e cada vez eu ia envelhecendo mais e mais e os filhos queridos perceberam que eu não mais poderia continuar ali sozinho naquela casa, não tinha mais condições físicas de cuidar de mim mesmo. Uma tarde de inverno me lembro que fazia muito frio, meus filhos apareceram todos de uma só vez, pensei estar recebendo uma visita preparada por eles para me felicitar o coração, mas... qual foi minha surpresa? Me disseram que eu não poderia mais continuar vivendo ali naquela casa que foi meu lar durante tantos anos, no lar que passei os momentos mais felizes da minha vida, no lar que com sacrifício eu e minha companheira os criamos. Entendi afinal minha situação física não era boa, iria com qualquer um dos seis para a casa deles, bastava que decidissem, então querendo resolver logo a situação perguntei para a casa de qual deles eu iria, eles se entreolharam e um resolveu falar, falar o que eu nunca pensei ouvir em toda a minha vida, ele me disse:
          - Pai, todos nos trabalhamos e temos nossos compromissos, levar o senhor para a casa de qualquer um de nós é coisa impossível!
            Então Deus meu para onde me levariam? Talvez para a casa de algum neto? Não, a resposta veio clara e precisa: - Pai já arrumamos uma vaga pro senhor num asilo, mas não se preocupe não é um asilo comum, pagaremos muito caro para que o senhor tenha  o máximo de conforto, é um lar idosos com infra-estrutura para receber pessoas como o senhor, temos certeza que lá será muito bem tratado, sem contar que nos faremos visitas semanais, estaremos sempre juntos.  
            Fui para tal casa de idosos, realmente um lugar muito bem arrumado e com muitos profissionais para auxiliar-me no que fosse preciso. Era muito bem tratado. Semanas foram passando, depois meses, e até anos, nunca recebia visita de nenhum deles, pagavam as despesas, mais não faziam o que eu mais precisava, que era um pouco de amor  e de atenção.


            Passava horas imaginando o porquê de tanta ausência, muitas e muitas vezes pedi aos funcionários do lar para que ligassem para meus filhos dizendo que eu precisava deles, a resposta dos funcionários eram sempre as mesmas, “disseram que semana que vem estarão aqui” e de novo passava uma, duas, três, cinco, dez semanas e nada. Fui cada vez ficando sem esperança, sentia que o meu tempo já se esgotava, desisti enfim de procurar meus filhos, mas esquecê-los nunca, eles estavam sempre na minha memória e eu pensava:  - Deus o que fiz com esses filhos que criei com tanto amor, e que hoje me ignoram.
           Desencarnei, reencontrei minha companheira querida e fiquei sabendo que nem enterrar meu corpo eles foram, pagaram todas as contas da casa de idosos e se sentiram muito felizes por terem feito a sua parte a te o fim, dando ao pai o maior conforto possível. Será?
           Me pergunto, onde andavam quando eu precisava só da presença deles, só de um carinho, uma atenção, uma visita. Hoje daqui fico muito infeliz de ver o que foi preparado para o futuro de cada um. Peço a Deus que eles não passem por que passei, pelo sofrimento que me causaram, a muito já lhes perdoei e eles nunca se pediram perdão afinal fizeram a sua parte!!
           
                          Um espírito que sofreu na carne as dores do abandono, a tristeza de envelhecer sozinho, o desprezo dos filhos.
                          Pensem nisso!!!!

                          Muita paz.



                                             Psicografada na Reunião Mediúnica no dia 05/06/2013

                                             Médium D S C