domingo, 22 de fevereiro de 2015


O QUE EU TROUXE DE BOM?

                Levei um susto. De repente, me vi assistida de maneira caridosa, mas, como se estivessem me escondendo a verdade. Medicada, dormi, não sei precisar quantas horas, ou dias e acordei receosa, pois, não via os familiares e o hospital era muito diferente dos hospitais que eu conheço.
                A ternura daqueles que me orientavam na necessidade de acalmar-me, me impressionava e a maneira como desconversavam diante da minha curiosidade, começou a me preocupar. De repente, perguntei: “Eu morri?” Para minha tranqüilidade responderam que se liberta-se do corpo físico para mim seria “morrer”, então eu havia morrido. Fiquei emocionada e chorei muito, pensei em todos que ficaram e procurei ficar calma diante do inevitável. Uma dor forte que vou chamar de saudade me abateu e eu fiquei ali, chocada, pensando em como podia ter acontecido.
                 Depois de alguns esclarecimentos, fui medicada e dormi para acordar semanas depois, mais serena e mais convicta da minha realidade. Aos poucos fui me adaptando e auxiliada por muitos companheiros iguais a mim, melhores e piores, fomos nos unindo e descobrindo no novo mundo em que nos encontrávamos aquilo que poderia nos manter equilibrados.
                 Hoje, tudo para mim é natural. Também aqui me propus uma vida simples, onde aprendo e trabalho e descubro coisas novas e aproveito tudo o que é oferecido, trazendo sempre a pretensão de ser útil. Jamais pensei que voltaria tão cedo ao plano espiritual. Importante passar para vocês, que não se assustem com a hora que será vivida por todos nós. A mensagem do Cristo nos fala em tudo isto que encontramos, mas nós não empregamos tempo suficiente para aprender isso. Tivesse eu me cuidado mais, talvez as situações teriam sido diferente.
                 Gostaria que vocês que me buscam para noticias gravem esta: “Aprimorar-se, desenvolvendo os dons do espírito que é imortal, deveria ser a nossa grande preocupação nesse período em que aí nos encontramos”. Valorizamos muito aquilo que não levamos. Quando tomei consciência de que estava de volta, pensei muito nisso: o que eu trouxe de bom?
                 A vida, em qualquer lugar que estejamos é uma grande responsabilidade. Devemos levá-la mais a serio.
                 Agradeço a evocação de vocês, deixo-lhes o meu carinho e a certeza de que continuo vivendo, só que agora, mais consciente e mais confiante daquilo que realmente preciso buscar.   
                 Agradeço também as orações que me direcionam. È muito bom ser lembrada.
                 Meu abraço em todos vocês.
                 Joana Guimarães.    
                  (Desencarnada aos 44 anos devido a um infarto).
                

                  Psicografia recebida em reunião de psicografia em 2015.
                  Médium L. Ferreira.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015


MISERICÓRDIA

            Meus irmãos sou grato a Deus e a Jesus pela oportunidade de deixar esta mensagem, principalmente porque minha família ainda se lembra de mim com uma certa angústia, pelo fato da minha morte ter sido um  tanto imprevista, até para mim, conforme passo a narrar.
          Senti uma dor fortíssima no peito, tão forte que sentia náuseas, imediatamente meus familiares pediram uma ambulância, a coisa que me lembro foi a chegada no hospital, sendo levado direto ao CTI, com os remédios e o tratamento, senti certo alívio nas dores, mas perdi a consciência por completo. Nos próximos momentos, não sei se dias ou meses, de nada me recordo. Quando fui tomando consciência, qual não foi minha surpresa porque não estava mais no hospital que dei entrada.
              Apesar da cabeça confusa, me sentia muito bem, sem dores, porém muito fraco. À medida que o tempo passava, recebia tratamento num lugar parecido um hospital, tinha lapsos de memória, mas depois nada me lembrava. Fiquei assim por um período que vou chamar de indeterminado. Aos poucos, com dedicação dos profissionais do hospital, fui ficando mais consciente e perguntava ao pessoal onde estava e que tinha acontecido, recebia como resposta que no tempo certo tudo seria esclarecido.
               Assim foi aos poucos eles me falavam do que tinha ocorrido comigo e que estava em tratamento, mas breve minha recuperação seria plena e então passaria aos estudos, esclarecimento que então eu teria todas as informações, inclusive de minha família que eu não cansava de perguntar.  
              Daí pra frente fui só melhorando, no “físico” e na mente. Senti então o pesar de meus familiares, o que era muito incômodo para mim, mas fui esclarecido que com o tempo eu conseguiria passar para eles quão bem eu estava e que eles não preocupassem.
              A oportunidade chegou e abençôo a todos eles e eles precisam acreditar que a misericórdia divina existe e não nos desampara nunca.
              Deus abençoe a todos e mais uma vez meus sinceros agradecimentos e Deus vos pague.     
                          
                Jarbas Abreu.

                         (desencarnou aos 58 anos após infarto)

            Psicografia recebida em reunião mediúnica de 01/2015.       
            Médium: Maria Aparecida.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

CARNAVAL

Por estas ruas, à pouco, desfilavam multidões desvairadas, entorpecendo  no álcool ou tóxico a dor silenciosa. Tateavam na escuridão dos próprios sentimentos em busca da saída mais próxima ou cômoda do turbilhão intimo no quais metidos. Trôpegos, arrastavam consigo multidão cinco vezes maior de comensais das vibrações malsãs de que se tornavam antenas receptoras e difusoras. Silenciosos, estes companheiros do plano de cá disputavam “a tapa” o domínio vibracional e parasitário do enfermo do qual nutriam as forças.
Oh, delírio de almas em conúbio para a devassidão de sentimentos! Qual carruagem desgovernada, por vezes, parece seguir a humanidade estéril em ideais sublimes e insensível ao convite à paz e libertação pessoal que cabe a cada qual construir entre os calabouços de seu passado terrível.
Trago, contudo, noticias animadoras de que ainda hoje, como ontem, a divina tropa do Senhor caminha junto dispensando socorro aos flagelados da secura de sentimentos ou de inversão de mórbidos pensamentos. Tropas estas armadas tão só do amor ao próximo e do sentimento de compaixão por ver no outro o espelho de seu próprio passado ainda a procura de remissão. Soldados infatigáveis vertem de seu peito dardos de amor incondicional destinados aos alvos insensatos e tresloucados.
 Não se enganem não, a despeito do monturo que, por vezes, acresce no terreno humano, semeiam sempre, nossos combatentes da paz a semente divina. Prosseguem, no silêncio dos catres, na solidão das cadeias, ou na ruela mal iluminada, distribuindo as mancheias o consolo e o amparo aos corações despedaçados por seus próprios e impensados danos e a fé que renova para o recomeço do caminho perdido.  
Tal é o convite que deixo, humildemente, por estas linhas: sejamos todos nós mais um integrante deste combate abrangente, cujo único fim é recuperar quantos possamos para a divina luz de Jesus.
Um soldado infatigável de Jesus.                                                               
                                                         
Psicografia recebida em Reunião de Psicografia de 2015.                                     

            Médium:  Ana Paula.

CARNAVAL

Vocês não imaginam como o plano espiritual vai mobilizar nos próximos dias milhares de trabalhadores do bem, a fim de auxiliar a humanidade nos dias das festas de carnaval.
Milhares de espíritos trabalham amparando aos encarnados, que em especial nessa época perdem totalmente a direção de seus pensamentos, tornando-se vitimas de espíritos vampirizadores que se aproveitam da invigilância de irmãos menos felizes e se tornam verdadeiros parasitas, desfrutando de todos os prazeres desregrados que muitos encarnados se entregam nesses dias.  
Vamos pedir a Jesus que os espíritos trabalhadores possam influenciar favoravelmente aos irmãos encarnados que se encontram invigilantes, que nós não engrossemos a fileiras desses encarnados em desequilibro.
Vamos nos manter vigilantes, vigilantes dos nossos pensamentos, principalmente os irmãos que tem mediunidade ostensiva e facilmente são influenciados nessa época, aproveitar os feriados de maneira a não nos descuidarmos dos nossos pensamentos em favor de nós mesmos.
Vigiai e orai.
 Muita paz.
Um espírito amigo.                                                                   
                                                         
Psicografia recebida em Reunião de Psicografia de 2015.                                      
            Médium:  Débora S. C.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015


ÓCIO E VAIDADE

Hoje volto meu olhar ao passado recapitulando as atitudes grosseiras, os gestos impensados, o humor irascível. Em minha tela mental desdobram-se imagens de mim mesma entre sandices e vulgaridades. Tive tanto tempo ao meu dispor, tive amigos e companheiro que não soube valorizar.
Em meu amparo concedeu-me Jesus a mesa farta e a cultura mundana que me poupavam à luta diária pelo pão e o custo árduo da própria educação. Em meu caminho tive também carinhosas mãos que me ofertaram o consolo e abrigo ante as mágoas e tristezas que meu coração ardente houve por bem cultivar.
Tive um lar que, se não era perfeito, pintou em cores suaves minha existência de filha e mãe. Tive filhos que não soube educar, os quais relutei a deixar e vitimei ante meu apego materialista após a morte. Remoí, nesta época, dores desmedidas acabando por cerrar as portas de meu próprio entendimento.
Construí eu mesma os grilhões que me prenderam, por longo tempo, à vida pacata e quase fútil que criei para mim. De fato, se não suportei as injunções da doença e da penúria material, tampouco soube aproveitar a abastança de sentimentos e fortuna em proveito alheio. Muito foi-me concedido e, no entanto, permaneci no ócio improdutivo e na vaidade pequena, afastando-me cada vez mais da felicidade a ser alcançada.  
Hoje, refazendo o caminho percorrido, repenso atitudes e prossigo buscando abraçar o serviço ao próximo deste lado de cá. Não tenho méritos pessoais e, insisto em dizer, estacionei em minha própria caminhada, mas encontrei aqui mãos seguras e corações generosos que me concederam a oportunidade da redenção pelo trabalho e dedicação.
Deixo aqui o meu testemunho àqueles que, como eu, teimam em não aproveitar o tempo célere. Inspirada por Jesus, nosso salvador e mestre, desejo a todos a paz e a união de esforços a bem do próximo.
          
                        Cidinha.                                                         
                                                         
Psicografia recebida em Reunião de Psicografia em  2014.                                     
            Médium:  Ana Paula.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

ENFERMIDADE  DO  ÓDIO

Aqui estou convalescente, pedinte e esperançoso. Estou enfermo. Uma tal enfermidade que trago no peito ofegante há varias encarnações. Doente das emoções em desalinho, em razão dos germes de ódio que agasalhei em meu coração. 
Tudo me agastava, seja o menor dos aborrecimentos ou a mais trágica calamidade. Palavras embebidas em ódio logo se avizinhavam de minha língua ferina e ágil. Conquistava platéias, inflamava companheiros invigilantes e igualmente carentes da educação de suas emoções. Frases amargurosas não encontravam obstáculo que as contivesse. Amigo ou inimigo, parente ou não, afeto ou desafeto, pouco interessava-me quem a atingia veloz e implacável no discurso destrutivo.
Não me cansava em ver a maldade e a hipocrisia ao alcance de meus olhos imersos na trave da ignorância. Achava-me o mais lúcido de todos. Atento soldado, implacável combatente. Sempre alerta aos interesses escusos e egoístas que, segundo minha concepção, encontrava-se nos bastidores de todos os atos humanos. Escarnecia e ridicularizava quando impotente assistia a ascensão de desafetos sociais. A língua ligeira e voraz não poupava oponentes e eu os via em todos os lados.
 A doença da alma, acalentada e devidamente semeada ao longo de anos extravasou seus efeitos no perispírito danificado. Lembro-me de envergar, em vida passada, o produto de meus esforços na disseminação da leviandade e do ódio. Nasci em berço empobrecido de bens materiais, embora abundante em solicitude e ternura materna. Obra de meu próprio passado faltava-me órgãos digestivos viáveis à vida adulta. Tão necessários à depuração de sedimentos alimentares e substâncias tóxicas, estes imaculados e perfeitos aparatos criados pelo Amor Divino, encontravam-se inservíveis, desgastados pelo corrosivo vergastar de sentimentos daninhos por longo tempo destilados.
Logo desencarnei, não, sem antes conhecer o amor e a dedicação de minha jovem mãe. Sentimentos estes que aqueceram o gérmen abrigado em meu peito tal como a semente do nobre trigo em meio à semeadura do joio de meus atos. Ao despertar, deste outro lado, outra vez, vi-me asserenado pelo amor com que fora acolhido no ninho materno. Para o enfermo, ardente em febre, recebera o santo medicamento.
Hoje, sigo acalentado por esses sentimentos doces e calmos, mas com enorme esforço ainda tento reeducar-me para que a enfermidade do ódio não atinja meu corpo e minha alma.
Entre amar e odiar creio ter aprendido qual a escolha correta que me levará à paz e à felicidade. Peço a Deus força e disciplina para reafirmar, todos os dias, a escolha do Amor.        
  
                        Augustus.   
                                                       
                                                         
Psicografia recebida em Reunião de Psicografia em  2014.                                     
           Médium:  Ana Paula.