quarta-feira, 28 de dezembro de 2016


COMO SE FOSSE O SEU ÚLTIMO DIA

O que dizer? Se estou bem? Não estou eu queria ficar mais com meus, eu queria viver a minha vida, que eu estava vivendo.
Com a minha alegria e com o meu bom ânimo eu estava sempre agradecida a Deus por mais um dia, e agora me encontro “morta”, morta sim, não vivo a vida que eu desejei, não estou com os meus amigos. Sim estou morta, e outra, não conheço nada sobre o espiritismo, não acredito em reencarnação, não quero viver com os outros e sim com os meus, sei que não será possível, mas no momento é o que eu quero. 
Meu desencarne, morte, foi muito de repente, eu estava com saúde boa, me sentia animada e com vontade de viver aquele dia intensamente, agora escrevendo estas palavras, é estranho eu tinha uma angustia no meu peito, e não liguei os fatos. Eu estava eufórica, elétrica e querendo resolver tudo e com muita atenção para não haver erros. Engraçado hoje sei bem o porquê, era o meu último dia na Terra.
 Ah meu Deus se eu soubesse que seria o meu último dia, teria largado tudo de lado e teria ficado com o meu grande e intenso amor, ficaria abraçada com a minha mãe, teria dado aquele beijo no meu pai, teria acordado ele e não sentiria pena de interromper seu sono matinal, mas infelizmente não sabia que seria o meu fim e que um mal súbito me tiraria a vida e me levaria para um mundo desconhecido e estranho.
Estou sem vida para vocês aí na Terra e cheia de vida aqui na espiritualidade, sofrendo as mesmas dores, saudades, amando o meu querido José e morrendo a cada dia de revolta, de perguntas que não tenho ainda condições de entender as respostas. Eu queria viver mais, como eu era feliz e grata por tudo que tinha. O que fiz a Deus para Ele ter me dado tão pouco tempo e ter me dado tantas graças?
Eu nasci em uma família super respeitosa, trabalhadores, honestos e que me amava e eu sentia o amor de todos, uma menina que sentia que seria uma grande e talentosa médica, que salvaria vidas, que levaria alegrias, esperanças a tantas pessoas, mas não, fui retirada sem piedade do convívio dos meus, por que Senhor, por quê?
Eu sinto que sou querida e sinto as vibrações de amor dos meus, mas eu queria mais muito mais.
Tenho que ir, desculpas, mas não sou uma pessoa triste e sem esperanças, mas ainda não tenho a sabedoria do entendimento e compreensão dos fatos.
Um grande abraço a todos e vivam a vida como se ela fosse o seu último dia, não deixe de beijar, abraçar, dizer que ama e que é feliz para seus pais, amigos e namorado.

Maria Joaquina Mendonça.

 Psicografia recebida em 2016.
             Médium: M. Nicodemos

sábado, 17 de dezembro de 2016


MÉDICO OU COMERCIANTE DA SAÚDE?

 Passei grande parte da minha última encarnação vivendo em uma grande cidade. Como em todos grandes centros ali tinha gente de todo jeito, ricos, milionários, pobres, paupérrimo e os que não tinham nem onde morar.
Vi de tudo, na minha condição de médico do serviço público, recebia doentes de classes financeiras muito prejudicadas, esses doentes eram tratados tão somente naquele ambulatório do serviço público. No meu consultório particular atendia as abastadas. Assim sendo não fiquei sem saber o que uma pessoa sem recurso sofre com a falta de oportunidades, mesmo a mais básica que é ter saúde, de ser tratado com dignidade.
Nesse ambulatório os doentes eram atendidos por mim de maneira fria, muitas vezes não permitia nem mesmo que o doente assentasse numa cadeira para relatar o problema. Quantas vezes eu mal olhei para essas pessoas, não perdia meu tempo em fazer uma consulta minuciosa para que pudesse dar um diagnóstico certo. Receitava algo que pudesse amenizar a dor, e nada mais tratava-os com muito descaso.
No meu consultório particular o assunto era outro, me detinha aos mínimos detalhes e usava de todo o meu conhecimento para ser preciso no diagnóstico.
Quando penso nisso me sinto o pior dos seres, não fui um médico, fui um comerciante da saúde. Desperdicei o maior beneficio que poderia obter da medicina que era ajudar amenizar a dor e sofrimento de todos, não só a dor dos que podiam pagar, os que com seu dinheiro mantinham o meu conforto, mas também dos pobres que eu recebia através do governo, porque esses não eram atendidos por favor, eu recebia para isso.
Atender alguém que não pudesse pagar? Jamais. Recordo do filho pequeno de uma mulher que trabalhava em minha casa estar doente, e eu estando tão próximo daquela família nada fiz para ajudar, mandei que a mãe o levasse no tal ambulatório e ali friamente atendi aquela criança. Hoje agradeço por não ter sido um caso grave senão meu remorso seria ainda maior.
Fico pensando a quantos humilhei com minha arrogância, quantos maltratei com meu pouco caso e indiferença.
O tempo passou, eu tive uma vida confortável e feliz... Até que regressei e aí pude ver tudo o que eu fiz e tudo que eu poderia ter feito. Vivi feliz na carne, mas do que adiantou se hoje aqui sofro com esse remorso que me corrói a alma.
Quantos encontrei aqui que viviam tão pobremente e hoje eu que era o Doutor sou o mais pobre dos homens.
 Agradeço a Deus por ter conseguido entender tudo que eu fiz de errado e agradeço mais ainda pela oportunidade que eu sei que terei em reparar todo esse mal, em poder ter a chance de uma outra existência e poder ter oportunidade de ser uma pessoa melhor.
Obrigado Jesus por me mostrar meus erros e me fazer aprender através da dor.
Hoje sigo em busca de paz, paz que só terei quando puder olhar meu próximo com carinho, atenção e amor, sem pensar quanto esse próximo tem e não o que ele é.
Orem por mim.

Meu nome? De que interessa!
Chamo-me egoísta.        
  
            Psicografia recebida em 2016.                                      

            Médium:  Débora S C.

domingo, 11 de dezembro de 2016


NÃO  ABORTEM,  NÃO MATEM.

         Oh Jesus, porque tu que sois o maior espírito que já nasceu, viveu e morreu na Terra não me ajudas?
         Sou sofredora demais, sei que errei demais, mas mereço uma complacência. Fui muito vil, nasci em berço de ouro, tive tudo que eu podia ter. Fui casada, tive filhos... Ah os filhos tive apenas os que eu quis... Os outros eu abortei, e esse foi o meu erro... Na queria mais nada que me estorvasse. Eu gostava de vida boa, de viagens, de luxo, de festas... E os filhos estorvariam.
         Os que eu tive, foram dois, eu os entreguei a colégios caros, depois a pessoas que pudessem ser seus tutores. E eles nem se importavam comigo... Também eu não me importava com eles. Eles que se virassem. Eu queria aproveitar a vida.
         Fui mulher bonita e de sociedade, uma vez que meu marido tinha um excelente emprego e se envaidecia ao me apresentar como sua mulher...
         Bem tratada, bem vestida e a vida foi passando. Eu jamais pensei em ti Jesus... Só quando num leito de hospital vi teu retrato e um crucifixo que me faziam pensar em ti, enquanto esperava um tratamento revolucionário que me prometeram, pois a minha doença foi um câncer avassalador que me carcomia por dentro.
         Sentia dores horríveis; veio até meu leito um grupo de pessoas que conversaram comigo, falavam sobre Ti, Jesus, e me consolavam dizendo que a morte não existia e que tudo passaria. Eu não acreditei, mas como não havia algo melhor para me consolar eu peguei essa dica e comecei a pensar: --Será que isto é verdade? São pessoas tão serias e estudiosas... Talvez isso seja verdade...
         E eis que aconteceu, eu sei que morri, mas não morri, eu estou aqui a vos falar, mas algo muito ruim está acontecendo comigo... Eu ouço choros de crianças que me chamam: mamãe, mamãe...  Eu corro para ajudá-las e elas evaporam como fumaça, mas o choro continua. Às vezes ouço outras coisas: Por que a senhora não me quis e me matou? Por quê? Eu acho que estou ficando doida.
         Jesus me ajude, agora eu não faria mais isso, pois sei que fiz errado, mas também não me arrependo. Só sei que não farei de novo.
         O que fazer meu Deus?
         Ajudem-me com suas preces, pois necessito delas.

          Maria, um espírito atormentado que pede preces.      
           
                                                                          
 Psicografia recebida em 2016.                                     

 Médium: Catarina.

domingo, 4 de dezembro de 2016


MENINO POBRE  E  DESCALÇO, MAS FELIZ.

Ah, se eu pudesse voltar a ser criança, quantas coisas teria feito diferente, quantos caminhos eu deixaria de trilhar, quantos equívocos eu deixaria de cometer. Ser criança e ser feliz e viver uma vida verdadeira, porque não vivi toda minha vida como uma criança?
Não cheguei aos 22 anos de idade e neste pouco tempo de vida carnal sinto que fui bem pior que um velho guerreiro medieval.
Nestes anos de vida, acumulei tantas dívidas que se fosse sanar e repara cada uma em uma encarnação, levaria milênios...
Hoje vejo que a cegueira da alma, os vícios, as ambições e todas as vis paixões mundanas de nada adiantaram, pelo contrário me jogaram num lodaçal, num poço de desilusão. Não trouxe nenhum bem material os quais foram meus “tesouros”, tudo ficou no dia que cerrei meus olhos para a vida carnal; sai da terra como um “patrão” e aportei neste mundo como um escravo, um lixo humano.
Que saudades sinto quando era aquele menino pobre e descalço, mas feliz, não tinha ambição, nada era difícil e eu era feliz a meu modo. Naquela encruzilhada da vida quando tinha 15 anos, eu não deveria ter seguido o comando que segui, deveria ter feito diferente, mas a ambição e a falta de bons conselhos me fizeram seguir o caminho que segui e que me levou a derrocada, quando achava o contrário.
Hoje estou arrependido, mas não só de arrependimento irá bastar, sei que tenho de reparar todos os atos que pratiquei e mesmo que leve uma eternidade, rogo a Deus que me conceda a chance de tornar-me limpo novamente e quem sabe voltar a ser como criança novamente, ser puro.
A minha mãe, que nunca a conheci, hoje quero pedir-te perdão, você gerou esse ser tão cruel que fui. Perdão.
Que seja feita a vontade de Deus e que ele tenha piedade de mim.
   
 Osvaldinho.

            Psicografia recebida em 2016.                                     

            Médium: Luciano C.

sábado, 26 de novembro de 2016

O  SUICIDA  E  O  MUNDO COLORIDO

Em paz me encontro neste momento, mas não foi fácil para mim todo esse tempo. Hoje sinto bem, fortalecido na fé e sinto esperança no meu coração.
O meu ato não foi exemplo para ninguém e eu não quero ser  lembrado sempre como um suicida. Eu vivi pouco tempo com a minha família, pois sempre estive hospitalizado em clínicas psiquiátricas e de loucos, pois se diferem no tratamento. Eu vivi os dois lados da loucura, quando você é visto como um delinqüente e quando você é visto como um louco anti-social, podendo causar danos a outras pessoas, ser considerado um perigo para sociedade.
Gostaria muito que meus familiares lembrassem de mim como um garoto sonhador, que queria mudar o mundo e fazer parecer um arco iris de tão colorido, era o meu desejo. O meu mundo eu não conseguia ver colorido e me sentia triste, então eu pensava em colorir o mundo de quem eu gostava e amava.
Um dia eu amanheci e percebi que não era possível colorir o mundo e fui ficando desanimado, descrente, angustiado e o meu estado de saúde agravou. Fui ficando irado com tudo, tinha muita raiva, não gostava que pessoas me tocassem e se dirigissem a mim com pena e falsidade, eu ficava completamente indiferente, louco mesmo.
Minha mãe, acho eu que era a única que me entendia e eu acho que ela compreendia toda aquela loucura que eu vivia. Numa visita eu disse: -- “mãe não quero viver neste mundo mais, eu não pertenço  mais aqui, eu colori o meu mundo, olha aqui.”  E eu havia desenhado um mundo bem colorido num pedaço de papel e entreguei a ela. Eu vou arrumar um jeito de chegar neste mundo, não sei como, mas eu vou e a senhora não fique triste, pois estarei feliz e liberto deste mundo cruel e cinza.
Minha mãe com toda preocupação do mundo avisou toda clínica que eu queria cometer o suicídio, mas acho que ninguém acreditou e fiz, provoquei a minha própria “liberdade”.
Como fui tolo em acreditar que iria para um lugar lindo, colorido e de luz. Fiquei na escuridão por muitos anos e muitas décadas e quando eu pensava no meu mundo colorido era o momento de paz, mas logo a realidade se fazia presente.
Bem, fui recuperando por misericórdia de Deus nosso Pai, pois eu era doente e não tinha total responsabilidade pelo meu ato, mas não deixei de viver o meu tempo no umbral como todos que cometem um ato desta natureza.
Eu quero deixar aqui um pedido. Vamos lembrar de um suicida com mais respeito, carinho, piedade e se lembrar façam uma prece, oração, reze, seja o que for, mas com muito respeito, pois somos filhos de Deus que não suportamos viver num mundo cinza.
   
              Obrigado.
              Antônio Joaquim M.                   

 Psicografia recebida em   2016.

             Médium:  M. Nicodemos.

sábado, 19 de novembro de 2016

VIVO NUM TORMENTO SEM FIM

Estou aqui quase dois séculos e ainda hoje não consigo me perdoar de todas as maldades que fiz. Fui um rico dono de várias fazendas, muitas terras, muitos escravos. Era temido por todos, respeitado e também muito odiado e até hoje existem negros, ex-escravos que não conseguem me perdoar. 
Na minha principal fazenda, onde eu residia com a minha família eu tinha muitos, muitos escravos, e como “dono” de todos aqueles seres teria eu, hoje sei disso, que ter ajudado a quantos viviam sobre o meu domínio. Tratava aquelas pobres criaturas com mãos de ferro, tinha prazer de tratá-los com crueldade, me comprazia enormemente com isso.
Gostava de ver aqueles mais rebeldes serem castigados, terem suas costas abertas em feridas, aquilo me deixava feliz, pra mim eles não tinham alma. As negrinhas da minha senzala eram todas abusadas por mim, quantas infâncias eu destrói. Gostava de ver os pais daquelas pobres crianças assistindo toda a minha maldade e os mais atrevidos eram mortos sem pena, afinal era só um a menos em meio a tantos escravos.
Pratiquei as maiores crueldades que um ser humano pode praticar.
Meu Deus como me envergonho! Mas vou dizer, preciso dizer. Quando descobria que as moças abusadas por mim esperavam uma criança eu nem me importava em pensar o que fazer, a ordem era a mesma para todas. Ao darem a luz, o capataz, homem igualmente ruim, pegava o recém nascido e enterrava vivo, muitas vezes sobre o protesto louco de suas mães, outras já tão sofridas com toda a humilhação nem se importavam, ficavam inermes vendo toda aquela barbárie.          
Eu não podia me comprometer, odiava os negros, como explicar que gostava de me deitar com as jovens negrinhas da minha senzala? Antes que alguma suspeita pudesse recair sobre mim eu eliminava a prova. Matei muitos filhos, sou um assassino cruel, matei meus próprios filhos.
Oh meu Deus que dor sinto agora, o que fazer para corrigir tantas maldades? Vivo atormentado, ouço choro de recém nascidos, esse som não para nunca, vejo mulheres a me acusar de assassino, homens a me xingarem. Vivo num tormento sem fim.
Desespero, desespero e desespero é isso o que eu sinto, a vergonha de mim mesmo, a dor de ver como num ato contínuo todas as minhas maldades como um filme que não tem fim.
Hoje sou um pobre maltrapilho, um monstro sem face, preciso de ajuda, mas não consigo pedir, a vergonha não deixa, sofro a dor de todos os que eu fiz sofrer.
Se alguém ler essa narrativa e se sensibilizar com o sofrimento que causei aos meus irmãos, sim meus irmãos, aquelas pobres criaturas que eu tanto fiz sofrer são sim meus irmãos, peço que orem por eles, para que eles possam me perdoar, não por mim, pois que eu não mereço, mas por eles que sofrem terrivelmente até hoje por não me perdoarem, vivem igualmente a mim presos nas trevas do ódio e da vingança. Ajude-os com suas orações, peçam a Jesus por eles?
Quanto a mim? Não mereço nada, nem o sofrimento de quase dois séculos paga a metade do que fiz sofrerem os outros.
Me desculpe fazer com que leiam coisas tão cruéis, mas precisava desabafar e pedir pelos os que fiz tanto mal.

Um ex-senhor de engenho.
Um pobre ser reduzido a nada pela própria consciência culpada.     
                          
            Psicografia recebida em 2016.                                      

            Médium:  Débora S C.

sábado, 12 de novembro de 2016


O QUE A GENTE FAZ A GENTE COLHE

         Era tarde da noite, o carro corria. Chovia muito, eu comecei a ficar desassossegado. O motorista era boa pessoa com muita pratica no volante. A chuva era torrencial e não se via muita coisa, pois era impossível avistar o caminho. O estrondo que se deu nos ensurdeceu e algo muito pesado nos atingiu. Hoje eu sei que um caminhão desgovernou, bateu em outro carro e nos atingiu.
         A chuva continuava e a escuridão era demais. Eu me sentia preso, não me movia, mas estava vivo eu sentia isso. Passou muito tempo, não sei quanto tempo, e comecei a ouvir vozes. Pensei que eram gemidos, mas eram vozes mesmo.
         Já estava amanhecendo e alguém com uma lanterna iluminou meus olhos. Eu estava morto. Senti um calafrio e um medo enorme. Como explicar? Não sei.
         Levaram-me num camburão, pois todos estávamos mortos. O acidente foi fatal. Sinto muito dizer mas eu não me conformei com isso. Era jovem ainda, com tantos planos para o futuro. Possuía família, mulher e dois filhos.  Como fazer? Meu Deus! Não pode ser verdade, mas era.
         Fui velado, houve até missa de 7º dia, mas eu não me conformava. Sofri muito, fui socorrido por uma equipe espiritual, eu não era espírita fiel, mas simpatizante, acredito na vida após a morte e na reencarnação.
         Digo para vocês que isso muito me ajudou, pois logo, logo me refiz e hoje eu já posso auxiliar aos meus.
         Dizer que sou feliz completamente, não sou. Mas o que posso fazer eu faço e isso me traz alguma felicidade.
         O plano espiritual é exatamente como eu imaginava, com algumas alterações de acordo com cada um. O que precisamos, temos.
         Hoje venho dar o meu testemunho: O que a gente faz a gente colhe, mesmo aquilo que nos parece coisa boba. Mas se trouxe algum benefício para alguém isso muito nos reconforta e ajuda.
      Espero ainda um dia reencarnar fazendo parte dessa mesma família que eu tive nessa encarnação.
            Abraços a todos e obrigado.  
 
            Clebinho. 
                                                        
 Psicografia recebida em 2016.                                     

 Médium: Catarina.

sábado, 5 de novembro de 2016


O PERDÃO É LIBERTADOR

 Era só mais um dia que se iniciava como tantos outros, apesar de ter uma rotina estabelecida pelo trabalho minha vida era de certa forma bem pacata.
Naquela manhã de sábado, de um dia quente de verão, acordei como de costume, despedi-me da esposa querida e saí em direção a minha loja, morávamos muito próximo ao local de trabalho e em poucos minutos de caminhada chegava ao trabalho. Antes de abrir a loja passei para tomar um café em padaria próxima, não gostava que minha esposa tivesse trabalho, já que apesar da meia idade não tínhamos filhos, então pra que dar esse trabalho a ela? Tomava o café da manhã nessa padaria para que ela pudesse desfrutar do conforto de estar por mais algum tempo na cama.
Após o café me dirigi para minha loja e como ainda era cedo, o movimento era pouco entrei e fui resolver alguns problemas rotineiros, estava muito distraído quando um sujeito armado entrou me rendeu, roubou o que quis. Eu não queria reagir, mas num ímpeto infeliz avancei sobre ele na esperança de recuperar os objetos roubados, e ele sem a menor pena sacou de uma arma e me atingiu o abdômen, morri ali mesmo, não tive tempo de dar uma palavra, um adeus, não consegui nem ser socorrido, tudo se deu de maneira tão rápida e inesperada que não tive tempo nem de raciocinar.
Quando acordei, já não fazia mais parte do mundo dos vivos. Tomando ciência do que me houvera acontecido fui tomado por uma sensação de ódio e de rancor que me dominaram, fiquei como louco, como aceitar aquela situação?
Por muito tempo passei entre acordar e dormir, parecia que quando estava acordado a cena trágica se repetia e tornava a se repetir e assim sucessivamente até que o sono me vencia e daí a pouco eu acordava e tudo se repetia.    
Apesar de estar momentaneamente nutrindo enorme ódio no coração, eu não era assim, sempre fui dessas pessoas que a tudo perdoa, sem mágoas, sem ressentimentos. Acho que por isso fui socorrido, nunca estive desamparado, e com o passar do tempo depois de muitas conversas, muitos tratamentos consegui finalmente ir me desvencilhando daquele ódio que me consumia.
Quando me livrei desse ódio e concedi o perdão sincero ao meu assassino, afirmo a vocês que não foi a ele que perdoei , perdoei a mim mesmo, perdoei-me quando tirei do meu coração aquele ódio imenso que sentia.
Hoje venho através desse relato mostrar à vocês, que hora possam estar lendo,  sobre a importância enorme do perdão. Se soubéssemos o quanto é bom conceder o perdão a alguém, como isso é libertador, não passaríamos cultivando mágoas por tanto tempo e acabando em gotas homeopáticas com nossa saúde física e espiritual, que aos poucos vai nos minando as forças.
A palavra perdão é linda de se dizer, mas dizer que perdoa sem que esse perdão saia do coração não adianta. Sei que para muitos é difícil, mas saibam irmãos e amigos que o perdão é libertador.
Luz no caminhar de todos. 
     
Mauro.     
 
            Psicografia recebida em 2016.                                     

            Médium:  Débora S C.

sábado, 29 de outubro de 2016


JOVEM  RAPAZ  DE  23 ANOS

Quanto sofrimento, muita dor, muita solidão e desespero. Minha fé? Não me lembrava dela e nem que existia um Deus.
 Infelizmente a doença quando vem e nos deixa impossibilitado de viver a vida que tanto desejamos e nos deixa a beira da loucura, do desespero, os questionamentos são muitos e não tem respostas, bem não tinha!
Hoje desencarnado muito me foi esclarecido, mas ainda continuo em tratamento e cada dia com explicações e estudo consigo entender um pouco o porquê de tudo isso que eu vivi.
Sou um jovem rapaz de 23 anos, estudante universitário, estagiário em uma grande empresa onde eu pensava em conquistar o meu primeiro emprego e assim ser um grande profissional, atleta, adorava esporte, opa! Adoro ainda, não deixei de gostar das minhas opções como esporte, profissão, cor, etc... Isso também me deixou inquieto e pensativo, como? Eu ainda gosto das mesmas coisas, mas não pertenço mais a vida corpórea? Eu achava que seria uma outra pessoa, mas não sou o mesmo com as mesmas manias e etc...
Um dia pela manhã fiz o meu lanche matinal como de costume e fui para o meu banho, quando me ocorreu um sangramento nasal, fiquei tranqüilo, mas um pouco preocupado, não era comum e eu sempre cuidei muito da minha saúde.       
Olha tinha muito medo de adoecer e sofrer em uma cama com pessoas em minha volta chorando, escondendo a verdadeira situação e enfim, a doença era o meu temor e fiquei o dia todo com aquela preocupação e resolvi ir ao médico, por sinal um excelente profissional, que não fez vista grossa e sim foi fundo saber o porquê do sangramento, graças a Deus ele encontrou e já me encaminhou para uma especialista que já me indicou um tratamento radical a base de quimioterapia e radioterapia, enfim vocês já sabem qual doença eu vivi e lutei até o fim.
É infelizmente o câncer me venceu, mas em nenhum momento eu achei que ia me vencer, acho que isso foi o que Deus gostou em mim e não deixou que eu ficasse muito doente a ponto de ter pessoas me limpando e chorando em meu leito, eu desencarnei sim, mas me achando um vencedor.
Não lembrei de rezar, fazer preces, orar e nem promessas, eu queria vencer aquele momento ruim em que eu estava vivendo e não pensava em morte e lamentos e sim viver. Tinha fé, mas não orava porque não queria parecer um fraco perante a Deus e ficar lamentando e mostrar que era capaz de vencer.
Eu lutei contra uma doença grave, mas ela não me venceu, ela simplesmente foi um instrumento, ou melhor, uma causa para me levar para o meu plano espiritual, era o meu momento, era o momento do meu fim, ou melhor, o meu recomeço na vida espiritual.
Sou feliz.

Glauco Barbosa Filho.

 Psicografia recebida em 2016.

             Médium: M. Nicodemos.

sábado, 22 de outubro de 2016


HORAS VAZIAS

As datas para mim eram valiosas. Decorava datas de nascimento, de casamento, de morte. Aniversários de casamento.
Tudo para mim se resumia no calendário. Ao iniciar novo ano, como eu me alegrava e ficava jubiloso. O que haveria de acontecer naquelas datas? Era isso que eu pensava.
Porém jamais poderia imaginar que naquele ano eu morreria, porque a minha data estava marcada e eu iria ter que prestar contas de meus dias, de meus minutos. Qual o que? O que fiz de meu tempo? Nada de extraordinário. Casei-me, criei meus filhos, tive netos. E como todo mundo descansei em minha aposentadoria, sempre a contar as datas, sem nada fazer de beneficio para aqueles a quem deveria fazer.
Minha nora precisou de mim, eu dei uma desculpa e me esquivei, outra pessoa me solicitava e eu escapulia. Gostava mais de sintonizar meu radinho, ou minha TV para ouvir notícias mirabolantes. Nada fiz. E isso está sendo cobrado aqui onde estou.
Por que é que eu me sinto tão só? Por que ninguém mais se lembra de mim? Às vezes alguém que eu calculo ser minha netinha pergunta: Mamãe onde está o vovô? Eu quero dizer estou aqui, ore por mim. Mas qual o que? Tudo passa e novamente venho para meu lugar de sempre.
Hoje venho a esse grupo, onde sou convidado por meus irmãos espirituais que me acobertam, para que eu possa aprender um pouco e dizer-vos:
_ Não contem as horas passadas ao leu, horas vagas. Não desperdicem seu precioso tempo, porque ele passa rápido. Façam algo em prol de seus irmãos e familiares. Orem por aqueles que os aborrecem. Não se esquivem de fazer o bem seja à quem seja.
A recompensa virá em horas cheias de felicidades e alegrias. Não colecionem horas vazias volto a dizer.
Obrigado.    

Joaquim.

Psicografia recebida em 2016.                                     

            Médium: Catarina.

sábado, 15 de outubro de 2016


O  CÂNCER  ME  VENCEU

 Não consigo aceitar o que me aconteceu, não sei por que Deus fez isso comigo, logo eu que era tão feliz, que tinha tantos planos para o futuro, que era jovem e bonita, por que meu Deus, por quê?
Me sinto enfraquecida, doente, desesperada. Tenho saudades da minha casa, da minha mãe, do meu pai e da alegria dos meus irmãos. 
Tenho saudades do meu noivo! Ah meu Deus, fazíamos tantos planos, como queríamos o casamento, quanta coisa planejada para esse dia que nunca aconteceu.
Já havíamos marcado a data, providenciamos os preparativos, até que senti aquela dor terrível que a muito vinha me incomodando, mas que eu atribuía ao cansaço do dia a dia. Até que ela chegou implacável, arrastando-me para o médico de maneira urgente. Passei alguns dias fazendo exames e então o diagnostico, o câncer no pulmão já estava avançado, não havendo nada mais a ser feito.
Como sofri quando recebi o diagnóstico, como minha família sofreu. Meu noivo, ah meu amor que dor ter que voltar e te deixar, como éramos felizes juntos! Em poucos meses emagreci a ponto de não poder manter-me de pé e as dores cada dia mais fortes, sem haver medicamento capaz de amenizá-las. Sofri, sofri muito, mas não queria partir, tinha vontade de viver, vontade de continuar..., mas nem a minha força de vontade e a minha determinação em não deixar levar pela morte foram capazes de me manter viva, o corpo, minado pela doença não mais resistiu e eu voltei. Voltei, mas não me conformei, voltei, mas não aceito, quero meu corpo de volta, minha vida, minha família e meu amor, como viver sem ele?
Não sei a quanto tempo estou aqui, as vezes parece que foi ontem, outras vezes que já são varias décadas, não sei, perdi a noção de tempo.Como é ruim a situação em que me encontro. Preciso de ajuda, tenho que encontrar meu noivo, ele precisa saber que eu não quero vê-lo com ninguém, que ele é meu e eu não aceito dividir esse amor.
Tenho medo de que o tempo o faça esquecer-se de mim, não vou suportar mais essa dor. Ajudem-me, preciso encontrá-lo, preciso muito, olhem para mim, estou um farrapo, não consigo manter-me de pé, mas a cabeça, essa não para de funcionar, quero parar de pensar, quero parar de sentir, já que não posso mais retornar ao meu corpo, então quero morrer de verdade, deixar de existir? Será pedir muito?
Me sinto revoltada, estou triste, suja, esfarrapada, não suporto mais viver assim.
Preciso de ajuda!

           Soraia. 

            Psicografia recebida em 2016.                                     

            Médium:  Débora S C

sábado, 8 de outubro de 2016



SUICÍDIO, UM ATO TENEBROSO.

A se eu soubesse...
Que cada manhã fosse tão importante.
Se eu soubesse que cada dia é uma dádiva.
Se eu soubesse...
Se eu soubesse que viver era tão importante.
Que meu egoísmo, minha rebeldia era tudo inútil.
Se eu soubesse que acordar toda manhã era tão magnífico.
Que trabalhar era tão prazeroso...
Porque reclamei tanto? Por quê?
Por rebeldia findei meus dias.
Por rebeldia hoje sofro.
Por incredulidade descobri que por maiores que fossem meus problemas, nada, nada valeria esse sofrimento...
Se eu soubesse que morrer era tão doloroso, nunca faria o ato tenebroso que cometi.
Hoje acredito no erro que cometi, hoje, depois que acordei para os meus problemas, orei a Deus e nessa oração a luz se fez presente.
Hoje peço perdão a Deus e a minha família e que um dia possa reparar o grande equivoco que cometi.

Danilo.

            Psicografia recebida em  2016.                                     
            Médium: Luciano C.

sábado, 1 de outubro de 2016


É POSSÍVEL  SER AMADA

“Se essa rua fosse minha, eu mandava, eu mandava ladrilhar com pedrinhas com pedrinhas de brilhante, só pra ver o meu amor passar...” Eu era tão pequena e vivia a cantarolar pelas ruas do lugarejo onde vivia, eu acreditava em príncipe encantado e sentia que viveria um grande amor, um amor de conto de fadas, com um final feliz e com a mesa farta e com os filhos e netos reunidos no almoço de domingo.
Cresci com essa intuição e já com idade boa pra casar, como dizia minha mãe: - Já está na idade de casar, eu digo boa, e pare de pensar que o príncipe vai chegar e vai ser o seu grande amor, tudo ilusão minha filha querida e sonhadora.
Mas eu acreditava que seria sim muito feliz e teria filhos lindos e amáveis, enfim tudo aconteceu tão rápido que casei com um homem que só vi um dia e no outro eu já estava casada, um escolhido pelo meu pai, um bom homem, de família boa e tem terras produtivas. Você vai ter aquela mesa farta que tanto fala, palavras de meu pai.
E assim foi o meu príncipe escolhido pelo meu pai, onde não havia nenhum encantamento, nenhum cavalo branco e nem um castelo. A minha realidade começou na noite de núpcias, fui violentada e como não podia falar nada, a violência foi cada dia mais cruel, fui maltratada e humilhada de todas as formas, mas eu não era uma pessoa que desejava mal e nem comentava nada com minha família. Todos achavam que eu realmente tinha encontrado o meu grande amor.
E fui vivendo conforme eu era imposta, fiquei grávida e achei que seria amada pelo filho que estava em meu ventre, e assim com seu amor o sofrimento seria mais doce e teria um bom motivo para viver, pois coloquei no mundo uma pessoa que me amaria e principalmente ia me proteger de todo mal.
Mas com o tempo meu filho foi crescendo e fui vendo que seu caráter era igual ao do pai, arrogante, cruel com os empregados e gostava de fazer os outros perderem tudo com sua ganância.
Eu fui desanimando com tudo e me entreguei a bebida, eu ia para o meu quarto e bebia e passei a viver um sonho de princesa e príncipes com castelos e cavalos brancos e livres, vivi nesta ilusão por muitos anos até que fui internada em um hospital de loucos e fiquei por longos anos.
 Me recuperei, trabalhei no hospital como voluntária e não mais voltei para casa. Um dia eu no jardim cuidando de um interno fui tocada por um homem educado, feliz e que queria conhecer o seu grande amor e nos conhecemos, nos amamos. E eu felizmente encontrei o meu grande amor, num momento onde eu já não mais acreditava que seria possível eu viver.
Hoje sei que é possível sim ser amada, respeitada e principalmente ser ouvida por um homem que não seja cruel.

Cecília da Cruz Avelar.
 
 Psicografia recebida em 2016.

             Médium: M. Nicodemos.

sábado, 24 de setembro de 2016


JAMAIS COMETAM O SUICÍDIO

            Estou preso em um quarto escuro. Não vejo nada, mas ouço gritos, gemidos e queixas de dores atrozes.
            Vou apalpando para ver se encontro uma porta, uma janela ou uma fresta, mas nada. Uma pessoa às vezes aparece e diz: “Porque cometeste a falta mais grave que um ser humano pode fazer? Sois um suicida.”
            Quando assim diz sinto dores que arrebentam o meu cérebro, pois dei um tiro em meu ouvido. Estava desesperado envolvido por muitos problemas. Todos se afastaram de mim, só se aproximaram os meus credores que não eram poucos.
            Tive uma vida invejável, pois fui um vulto de relevância na mídia.
            Todos me achavam belo, cheio de charme e “bem de vida”. Mas mal sabiam o meu dilema, envolvi-me com drogas e coisas ilícitas e fiquei num beco sem saída, até que um dia eu não agüentei e liquidei com minha vida.
            Às vezes até ajudei alguém antes de minha bancarrota.
            Quero sair desse lugar... Mas não tenho condições.
             Estou fazendo esse relato no intuito de alertar a todos que lerem, que jamais, jamais mesmo, cometam o suicídio.
            A vida não é nossa, mas pertence a Deus.
            Agora é tarde...  Já morri pelo suicídio.
         
            Um espírito suicida que pede preces.
   
                                                                    
           Psicografia recebida em 2016.                                     

           Médium: Catarina.

sábado, 17 de setembro de 2016

MÃE PRECISO DO  SEU  PERDÃO

 Mãe querida é a você que me dirijo hoje para te pedir que me perdoe. Só hoje mãe eu entendo tudo o que te fiz sofrer, sofro em pensar as lágrimas que derramaram dos seus olhos por minha causa. Quanta tristeza causei a você mãe querida, quantas noites em claro, quanta dor...
Tudo que te fiz sofrer, eu hoje é quem sofro, sofro pelo arrependimento, sofro por não mais poder te dar tudo o que não te dei, e o que mais eu precisava ter dado, tranqüilidade, tranqüilidade para viver. Desde que me tornei adolescente até o dia do meu regresso você não teve um minuto de tranqüilidade, me arrependo muito de tudo o que eu fiz você sofrer.
Não posso colocar a culpa nas companhias que eu tinha, eu era a pior delas, a mais sem juízo, a mais perversa.
Poderia ter feito para mim um futuro muito diferente e estar hoje aí ao seu lado, mas fiz tudo errado. Sentia prazer em me comportar tão levianamente, gostava de viver perigosamente, acho que no fundo não tinha muito a noção de quem eu era. Não fazia você sofrer por prazer isso não, gostava da vida que eu levava, nisso sim sentia prazer, mas acho mesmo, não querendo me justificar, que no meu egoísmo e imaturidade não achava que você sofria tanto. Eu estava feliz e na minha cabeça conturbada bastava você aceitar tudo e o seu sofrimento não iria existir, era só me entender o jeito torto de ser.
Hoje vejo que não é assim e nem poderia ser, o que eu precisava era que alguém me freasse os instintos, como tantas vezes você tentou fazer.
Me perdoe mãe querida, só hoje entendo sua dor! Como não sofrer? Como me arrependo, sei que é tarde, mas essa dor do remorso, dor de ter feito tanta coisa errada. Muitas vezes achava que minhas atitudes só prejudicavam a mim mesma. Quanto engano!! Quantos corações machuquei e fiz sofrer com meus atos, que ilusão pensar que nossas ações não geram reações e as minhas ações geraram muitas reações dolorosas.
 Quem mais sofreu foi você minha mãe, mas não foi só a você quem machuquei, tenho que ser perdoada por muitos outros corações, que nem sempre são generosos como o seu que me envolve em fluidos de paz, que me direciona preces do coração.
Há mãe os que não conseguem ser nobres como você e me envolvem em fluidos pesados, em pensamentos de raiva, de rancor e de mágoa que muito me faz sofrer. Bem sei que mereço esse sofrimento, um dia sei que conseguirei o perdão dessas pessoas também, sei que terei outras oportunidades de ressarcir meus erros, não sei nem quando nem como, mas sei que terei.
Hoje mãe querida o que me importa é você, é o seu perdão que eu quero, é pelas suas vibrações de amor, por suas orações que eu quero agradecer. Sei que a bondade infinita de Deus nos permite oportunidades de reparamos nossos erros e sou muito grato a Ele por isso.
Tento ser melhor a cada dia, busco mesmo que com dificuldades enormes a minha evolução espiritual e assim vou caminhando passo a passo, dia a dia, mas na certeza de que um dia serei melhor.
Te amo mãe, desculpe se nunca consegui demonstrar esse amor, desculpe por ter feito você sofrer tanto.
Obrigada minha mãe por ter tão generosamente me acolhido como sua filha.

Elvira.       
  
            Psicografia recebida em 2016.                                     
            Médium:  Débora S C.

sábado, 10 de setembro de 2016


PACIÊNCIA E CONTROLE

        Esposei uma linda moça que concretizava todos os meus sonhos de rapaz. No início vivíamos como que arrebatados por uma atmosfera de alegria, de paz e de encantamentos.
        Veio o primeiro filho, que alegria! Nosso lar foi abençoado e o segundo... Minha esposa se recusava em ter o terceiro. Estava muito distante e muitas vezes me recusava o carinho. Eu compreendia, era o medo de engravidar.
     Os anos passaram, os filhos cresceram e ela mudou tanto de temperamento que era irreconhecível. Era uma mulher diferente, freqüentava muitos salões de beleza e estava muito fútil.
          Eu fazia de tudo para dela me aproximar, conversar um pouco com ela para saber por que motivo ela se afastava tanto de mim. Eu ainda a amava.
          Meu primeiro filho começou a namorar e quis se casar. Já estava um homem feito. Era um rapaz muito centrado, estudou e já trabalhava. Preparou o casamento e se foi para constituir sua família.
          O segundo veio até mim e demonstrou a vontade de concluir seus estudos fora. E se foi também. Ficamos só eu e ela.
         Qual não foi minha surpresa em saber que ela também me abandonaria. Chamou-me à parte e disse com toda frieza: Já não te amo mais, ou melhor, nunca te amei e meu coração não te pertence. Meu coração pertence a outro...  E eu num lance de ódio, fui até ela, a esbofeteei, corri até meu quarto, no móvel fechado, e peguei um revólver e a matei.
          Oh! Destino cruel! Por quê? Por quê? Que fiz de errado? Tudo ou nada? Ela jazia morta, e eu não tinha mais recurso. O recurso que tive às mãos era virar o revólver contra o meu peito e me matar.
        Ai sim, sofri, sofri, sofri muito. A dor e o remorso, a cobrança de todos, dos vivos e os mortos. A minha própria cobrança o que fazer? Não sei.
        Hoje já estou melhor depois de muito tempo (não sei exatamente quanto) de sofrimento atroz; o tiro retumbando no meu peito, os gritos de minha esposa ao morrer... Isso me perseguiu e me persegue sempre.
          Tenho arrependimento do que fiz e sei que não sou digno de perdão. Mas segundo aprendi por pessoas que me ajudaram Deus vai me perdoar. O orgulho de um homem ultrajado e traído, a falta de uma religião, a falta de fé me venceram.
        Hoje sei que tudo isso vai passar e eu aqui estou prestando este testemunho pedindo a todos: Não percam a paciência e o controle nunca.
         O descontrole faz muitas vítimas que se calam sem querer, sofrem por terem feito o que não queriam fazer e fazem sofrer aqueles que lhe querem bem.   
   
            Benedito de Jesus.

           Psicografia recebida em 2016.                                     
              Médium: Catarina.

sábado, 3 de setembro de 2016


A MORTE NÃO EXISTE

Era um ano tão importante, tantas coisas boas estavam acontecendo, quanta felicidade eu estava sentindo.
Era outono, a época do ano que eu mais gostava, estava radiante.
Naquela tarde, só mais uma daquele ano, que eu acharia que seria normal, mas de normal nada aconteceu, estava a caminhar à casa de minha vó, a algumas quadras de minha casa, quando ao passar por uma casa velha abandonada, fui surpreendida por um homem, um ser de aspecto estranho, sujo, o qual feito um felino ávido por sua presa, agarrou-me de súbito e levou-me para o interior daquela casa, a qual passou a ser não mais uma casa, mas sim uma masmorra onde por muitos dias fui violenta, fui humilhada naquela casa, sai do céu de minha juventude, da felicidade, ao inferno de sofrimento e dor.
Ali naquela casa encontrei nas mãos daquele homem a morte, a tão temida morte. Naquela casa todos os meus sonhos foram desfeitos, tudo acabou, tudo.
Ao abandonar meu corpo toda dor cessou, todo sofrimento acabou, as trevas daquela casa se dissiparam, uma luz tão bela se fez naquele lugar terrível, um ser tão belo que irradiava uma luz tão branca e tão suave, um ser de sorriso alvo e olhar cativante que estendia suas mãos em minha direção e convidava-me a sair dali.
Como uma tábua de salvação nos destroços de um naufrágio, aninhei-me nos braços de tão doce criatura e adormeci...
Acordei não sei quanto tempo depois em um lugar tão bonito e limpo, um lugar aprazível onde reinava muita paz. Minha doce bisavó ali me recepcionou e entendi por intermédio de suas palavras tudo de novo que ali estava começando para mim.
Lembrei de papai e mamãe, que tão cedo tive que separar-me e uma dor e saudade intensa invadiu meu coração, mas com a ajuda da bisa Anita soube aceitar e entender.
Os dias transcorreram naquele novo lar e com a ajuda de bondosos amigos segui para uma escola onde tantos jovens, como eu, ali estudavam.
Descobri que crianças e adolescentes como eu era, sempre são acolhidos e amparados na hora derradeira.
 Meus amigos, nesta noite, com a permissão de nosso Mestre Maior, tive a oportunidade de aqui poder falar um pouco de minha vida, poder dizer que a morte não existe, que Deus nunca desampara seus filhos, que aquele irmão que naquele momento infeliz de loucuras ceifou-me a vida, que Jesus o ampare e que o meu perdão possa chegar até ele.   
Dizer que sou feliz, bendizer a Deus e a Jesus e agradecer aos meus queridos pais por terem me dado a oportunidade da vida e o amor que sempre dedicaram a mim.

Beatriz.  

            Psicografia recebida em 2016.                                     

            Médium: Luciano C.

sábado, 27 de agosto de 2016


NÃO SUPORTEI  PERDER  MEU  FILHO

Sinto muito, muito mesmo, fui um tolo, eu pensei que seria o meu fim, mas infelizmente percebi que não tenho esse poder de acabar com uma vida, se não fui eu que criei.
 Sou um homem covarde não suportei a dor de ver um filho morto, se eu tivesse o conhecimento que tenho hoje, jamais tiraria a minha vida. Hoje sei que vivo e tenho certeza que meu filho também vive e vive em melhores condições que eu.
Sofro dores horríveis e clamo por perdão, sei que Deus já quer e tem todo cuidado comigo, mas eu não consigo sair daquele lugar escuro com lamas pretas, árvores sem vida, rochas e mais rochas, escuto lamentos e choros dias e noites. Não sei por que não fiquei louco ainda.
Um dia eu orei a Deus e falei da minha dor e da saudade que sentia do meu amado filho e minhas chagas que tinha uma dor latente e constante foi amenizando e foi ficando cada vez menor até que não mais senti, e veio um calor, senti fome, lembrei da água como se eu renascesse naquele momento. E diante de tudo que sentia não parei de orar e sentia que o Pai queria ouvir algo de minha boca, mas a vergonha não deixou falar e pedir, voltei a sentir dores e tudo foi ficando escuro e tudo voltou como antes o horror, a angustia e o desespero.
Em breve momento pensei: “o que o Senhor quer que eu diga?”, mas não sou digno, sinto vergonha e não suporto mais esse sofrimento.
Eu peço socorro e peço perdão, perdão meu Deus, perdão meu filho, perdão meus familiares e esposa. Perdão, perdão a minha mãe querida.
Diante deste meu desespero e de verdadeiro sentimento de entrega, fui tomando de um sono, um sono incontrolável e hoje estou aqui diante de pessoas iluminadas e de bom coração me ensinando e mostrando para mim que estava totalmente errado em tirar a minha vida.
Sei que a qualquer momento estarei do lado do meu amado filho, onde iremos viver um tempo juntos até o meu retorno à Terra  para acabar com a minha missão que eu mesmo interrompi.
Um grande e sincero abraço.

José Carlos Afonso.

 Psicografia recebida em 2016.

             Médium: M. Nicodemos.

domingo, 21 de agosto de 2016


EDUCAÇÃO OPRESSORA GEROU O ÓDIO

Fui criada numa educação opressora. Onde se pedia benção aos pais. Onde se obedecia rigidamente todas as regras impostas fora e dentro de casa.
Eu e meus irmãos tínhamos que andar na linha, pois um desvio papai com sua rigidez batia e batia muito e castigava. Obedecíamos por medo e não por respeito. O medo era tão grande que não podíamos ter vida própria, pois vivíamos a vida que ele queria para nós.
Me perguntava todos os dias porque Jesus na sua infinita bondade tinha me dado um pai tão severo e opressor. Mamãe era mais ponderada, mas concordava com ele por medo e não por respeito.
Essa foi a minha vida durante 20anos até que conheci um rapaz e passei a amá-lo. Gesiel era o nome dele. Muito querido passou a me orientar em como devia ser meu trato com ele. Não pude colocar em pratica essas orientações, pois não conseguia de forma alguma enfrentar papai, o medo sempre foi maior que tudo. Ele era um verdadeiro coronel.
Bem, resolvi apresentar Gesiel a papai, pois se ele descobrisse que estávamos a nos encontrar escondido poderia me matar. Temia por minha vida. Me apeguei muito a Gesiel, pois ele era pura demonstração de carinho e amor. Não saberia mais viver sem aquela pessoa que me apoiava e me amava apesar da pouca idade. Papai ao conhecer Gesiel foi violento. Colocou o rapaz porta a fora e disse que quem escolhia o namorado para filha seria ele. Que casaria com quem ele escolhesse e não com quem eu escolhesse.
Sofri muito, pois passei a ser vigiada e minha vida se tornou muito mais difícil e atormentada. Devido a tanta tristeza fui acometida de uma tuberculose que me deixou meses de sofrimento, até que minha vida teve fim.
Tive que partir para uma nova etapa. Chequei cheia de dores, revolta e tristeza. Já faz muito tempo que ando por aí, a espreita aguardando a chegada daquele que tanto me atormentou. Sei que ele também se foi, morreu, então ele retornará aqui. E eu aqui a esperar.
Não sou vingativa, mas luto por encontrá-lo. Preciso olhar nos olhos dele e mostrar toda minha revolta. Estou aqui sim vagando, sofrendo e atormentada, mas me sinto viva para dizer que o odeio.                            

 Eu sou Fátima de Oliveira.   
                           
            Médium:  R. Faria.

sábado, 13 de agosto de 2016


PAI QUERIDO

Pai querido,
Eu te peço perdão por tudo que te fiz passar enquanto permaneci em sua companhia. Você certamente pode compreender a razão por eu não ter estado tão presente em sua vida, porque não mantínhamos uma relação tão cordial e porque não éramos amigos confidentes. 
Sentia você sempre distante e achava que não se preocupava com meus problemas, ao contrário da minha mãe que ficava entre nós dois neste campo de batalha. Hoje me arrependo de tudo isso. De não ter tido com você uma relação mais amorosa de pai e filho. De compartilhar minha vida e meus sentimentos.
 Se eu tivesse dado abertura quem sabe você entraria de corpo e alma na minha vida. Não quero te culpar por essa relação fracassada e nem pelo tempo perdido, pois ainda vamos ter novas oportunidades de resgate dessa relação. 
Posso te dizer que te amo. Que apesar da distância afetiva sempre te tive como exemplo para muitos pontos da minha vida.
Poderia passar a noite inteira aqui escrevendo para você, pois a quanto tempo esperei por este momento, mas vejo que não há necessidade para muitas palavras. Apenas peço perdão pelas minhas falhas. Por ser tão e somente voltado para mim e para minhas coisas, não observando que você realmente existia e que era meu pai.
Vejo com mais clareza a vida e saiba que não morri apenas mudei de plano e estou do lado de pessoas muito querida. Sua mãe veio me acolher e apesar de não conhece-la senti um enorme carinho por ela. Ela, tão mais esclarecida que eu, pode me orientar no primeiro momento que me dei conta que havia “morrido”.
Pode acreditar que quem escreve é seu filho. Sei que não tem preparo para isso e certamente pensaria que um morto não pode se comunicar. Te entendo pois também pensaria assim em um outro momento. Hoje já tomei ciência da situação e posso compreender bem melhor.
Mais uma vez te peço perdão e se um dia tivermos a oportunidade de nos encontrarmos novamente, prometo que farei tudo para que seja diferente.
Deixo-te um abraço bem caloroso nesse corpo que já cansado ainda pode receber o meu amor. Fica na paz de Jesus.
                  
                         Augusto da Silva.    
       
  
  Psicografia recebida em agosto, mês dos pais.                                        
  Médium:  R. Lameirinhas.

sábado, 6 de agosto de 2016

DESONESTIDADE  E  AVAREZA

 Ah o dinheiro! Quanta ilusão se cria em torno dele, em trono da riqueza, na busca desenfreada de ganhar cada dia mais, chega a ser um vício, a pessoa vicia-se em ganhar dinheiro.
Quando se ganha através do esforço do trabalho ainda vá lá, mas quando se quer ganhar sem esforço, através de ações condenáveis, quanto mais a pessoa vai se endividando. Não sou contra quem ganha seu dinheiro e adquiri uma fortuna e torno do trabalho, mas condenando uns que como eu fiquei rico de maneira ilícita, através do sacrifício do outro. Para esses como eu a dor do remorso é muito grande.
Só agora entendo quanta besteira, quanta gente prejudiquei para ser rico, para viver com luxo. Hoje vejo que poderia só com o meu trabalho ter tido dinheiro mais que suficiente para levar uma vida tranqüila e abastada, mas isso não me bastava, eu queria sempre mais.
Quanta ilusão! Vivemos com luxo, com todo tipo de conforto, e assim vamos achando que isso é o máximo, ter muito dinheiro e reconhecimento, ser uma pessoa que todos admiram não pelo que são, mas pelo que tem. Quanta bobagem!
Sabe eu quando na carne nunca parei para pensar na morte, e vivia feliz da minha vida, até que um belo dia recebi a visita indesejável da morte. Sofri muito quando me entendi por morto, era ainda um homem forte de meia idade em pleno vigor físico e mental, tendo uma vida invejável.
Quando percebi que tudo aquilo que eu tanto amava, não os que eu amava, as coisas que eu amava não eram mais minhas quase fiquei doido. Pra cá não trazemos nada, voltamos sem nada de material. Riqueza, dinheiro? Aqui de nada servem. Aquela fortuna toda que construí de maneira infeliz de nada me adiantaria, nem o corpo nos pertence.
Pra cá só vem conosco as boas obras, os conhecimentos e tudo o que adquirimos moralmente, nada mais que isso.
Aos que acumulam dinheiro, que sentem como eu sentia amor pelo dinheiro, é a vocês que eu falo. Sofro muito pelo que de errado fiz, mas também me pesa a consciência as coisas que deixei de fazer. Com minhas possibilidades poderia ter ajudado a muita gente.
Não ajudei ninguém, me tornei avarento, não me preocupava em ajudar seja lá quem fosse. Conforto era só para os que viviam comigo debaixo do mesmo teto, mulher e filhos, no mais não me interessava por ninguém, vivia de maneira a cultuar o meu dinheiro sem pensar que tantas pessoas eu podia ter amenizado as dores com alguma ajuda. Hoje sei quantas noites pessoas da minha própria família passavam muitas vezes noites em claro a se preocuparem com as contas. Porque não vi isso antes?
Hoje vejo o quão egoísta eu fui, não pensei em ninguém. Sofro por isso, agora com esse entendimento digo-lhes que preferia ter tido uma vida de privações necessidades ao ser o avarento que fui. 
Peço a Jesus que me perdoe, ampare aos que deixei de ajudar e abençoe também aos que eu fraudei de maneira ou outra. Preferia ter sido um ladrão vulgar do que o ladrão honrado que eu era. 
Me preparo para a reencarnação, vou renascer em lar extremamente pobre, assim sentirei na carne o que é ser pobre e não ser ajudado. Sigo confiante e feliz, essa prova será para mim mais leve.
Tenho fé que serei um cidadão do bem, viverei do que eu honestamente ganhar com o suor do meu trabalho.
Jesus irá me ajudar.
Embora sabendo que terei enormes dificuldades financeiras, me sinto muito feliz em poder reparar esses terríveis defeitos, desonestidade e avareza.
Que Deus me auxilie.
Vocês que muitas possibilidades financeiras têm, pensem nas minhas palavras.
Luz no coração de todos. 

Horácio. 

            Psicografia recebida em 2016.                                     

            Médium:  Débora S C.