sábado, 28 de maio de 2016


EU QUERIA VIVER

         Era como se uma espada perpassasse meu peito e varasse do outro lado. Meu tórax doía e eu não sabia precisar o que estava acontecendo.
      Era um dia tão bonito e o passeio seria muito gratificante. Todos estavam ansiosos pela chegada ao lugar aprazado. Mas o que? Não chegava nunca e não chegou.
       Lembro-me que com essa dor apavorante eu estava saindo de meu corpo e podia vê-lo. Estava preso nas ferragens do carro. Socorro! Socorro! Eu pedia, mas ninguém me ouvia. Nada do socorro. Os outros que estavam no carro comigo, estavam feridos levemente e apavorados pediam por socorro. Eu já não podia ver nada. Meus olhos se embaciaram e eu comecei a ter medo de que não voltasse a ver novamente.
         Dormi. Acordei em um necrotério, deitado sobre um mármore frio, o peito dilacerado, mas era eu mesmo que ali estava. Por quê? Por quê?  Meu Deus! Eu morri e aguardava que liberassem meu corpo, me vestissem e que meus familiares me velassem.
        No velório foi horrível! Sofri demais porque uns diziam que eu estava bêbado e por isso houve o acidente. Outros diziam que eu era mesmo inconseqüente e que mais cedo ou mais tarde aconteceria. Eu queria dizer que isso não era verdade! Eu queria viver. Eu ainda não cumpri tudo que queria...
         Mas na hora do enterro, eis que veio uma comitiva em que fazia parte um médico amigo da família.
         Este sim me deu um socorro, conversou comigo e pediu que eu dormisse tranquilamente, pois a morte não existia! Como não existia, se eu morri... Foi quando minha mãezinha veio e me aconchegou em seus braços e eu dormi.
    Hoje faço tratamento de recuperação numa casa transitória no mundo espiritual, estou consciente e às vezes vejo programas de teor espiritual.
         Não estou com minhas capacidades normais, mas já estou me recuperando. 
       Rogo a minha família que pense e mim não como uma pessoa irresponsável, mas como alguém que está aprendendo a ter responsabilidade.
         Graças a Deus por tudo.

         Robson.    
                                                                  
 Psicografia recebida em 2016.                                     

 Médium: Catarina.

sexta-feira, 20 de maio de 2016


PARA  MORTE  DA VARANDA  ME  JOGUEI.

Como pude acreditar naquelas palavras, naqueles chamados constantes, como pude ser tola?
Do alto de meu apartamento até o solo a distância era grande, mas nunca podia imaginar que seria tão grande.
Quando me precipitei varanda abaixo achava que breves segundos seriam do salto até a morte, que engano, o chão demorou uma eternidade e após o estalido de meu corpo no duro chão, as vozes ficaram mais intensas, os risos e gargalhadas aumentaram.
Da sacada ao solo é uma viagem que faço todos os segundos de minha vida, as dores não passam, meus problemas que até aquele dia pareciam insolúveis, hoje vejo que nada eram com relação as dores físicas e morais que carrego. 
Já faz tanto tempo que cometi tal loucura e nos raros momentos em que minha mãe ora por mim, sinto um leve refrigério dessas dores e num lapso de lucidez lembrei das aulas de religião. Lembrei-me de Jesus crucificado e pedi Sua ajuda, e Ele me ouviu.
Hoje não estou mais no “sonho” da queda, mas ainda bastante debilitada dos traumas que causei em mim e nas pessoas que muito me amavam.
Perdão fui fraca diante do mundo.
Rogo a Deus que eu consiga recuperar-me e reajustar-me perante as leis Dele.

 Catarina de Almeida.

            Psicografia recebida em  2016.                                      

            Médium: Luciano C.

sábado, 14 de maio de 2016

SUICÍDIO, UM ATO QUE FERI A DEUS.

Estou queimando e o fogo me consome por inteiro. Esse foi o meu FIM.  
Como fui tolo e infantil, queria apenas chamar a atenção de pessoas que eu achava que eram importantes para mim. Mais uma vez me enganei, sofri e ainda sofro. Sinto dores terríveis que me deixam enlouquecido, mas não morro e não me sinto morto, não há um momento si quer de alivio. Quando não é a carne que queima, são meus pensamentos que me torturam.
Hoje eu estou aqui acompanhado de anjos que não são anjos, são pessoas como eu e você, como todos nós, me auxiliando e ajudando, por que sinto que enlouqueço muitas pessoas com o meus pensamentos e vibrações. 
Quero deixar aqui o meu desabafo e um pouco da minha história para que nenhum ser vivo possa cometer esse ato que feri a Deus e não a nós.
Deus mostra para todos que cometeram esse terrível engano o seu amor, mas deixa que seu filho sofra as conseqüências de seus atos e usa a dor física e moral, que é muito grande.  No momento em que você senti que não tem mais força e vai sucumbir, Ele manda essas pessoas para te socorrer, como um balsamo de paz e sua  lucidez vem te mostrar que seu corpo não está em chamas e que você vive e senti que precisa de um médico e de Deus. 
Hoje um pouco melhor, sei do erro que cometi e que voltarei ao corpo carnal com grandes débitos e quero ter o discernimento de poder não mais errar. Peço a Deus a sabedoria de ouvir e a sensibilidade de sentir que o amor é um sentimento que se conquista e não se compra.
Obrigado meu Deus por essa oportunidade de estar aqui e relatar um pouco da minha dor e do grande erro que cometi.
Perdão eu peço a Deus, aos meus pais, irmãos e sobrinhos.
Mais uma vez eu agradeço e peço perdão, perdão e perdão.          

Luiz Carlos da Silva.

 Psicografia recebida em 2016.
             Médium: M. Nicodemos.

sábado, 7 de maio de 2016

MINHA MÃE, UMA ALMA SÁBIA.

Ah se eu pudesse voltar no tempo, eu faria tudo tão diferente, errei muito e sofro hoje meus atos de ontem. Se soubesse que depois da morte continuamos vivos de outra maneira, eu não iria errar tanto.
Como fiz a criatura mais doce e amorosa sofrer tanto, minha mãe, ah minha mãe na sua simplicidade, no seu pouco conhecimento era uma alma sábia. Porque não ouvi os conselhos que ela me dava. Como a fiz sofrer com minhas atitudes equivocadas!
Me envolvi com o tráfico de drogas, achei ali o meio lucrativo e fácil de enriquecer e consegui. Consegui acumular muita coisa, coisas materiais, eu era aquele que manda e desmanda, o dono, o chefão que nunca aparece, vivi uma vida de extremo conforto material. E achava que era um grande vencedor, imagina, um moleque pobre da periferia ter o que eu tive. Era muito mesmo em torno do conforto.
  Passei a vida usufruindo da desgraça de muitas famílias, enquanto vivi nunca me importei com isso, não me interessava pensar nisso. Minha pobre mãe jamais aceitou qualquer ajuda financeira que quisesse lhe dar, ela sabia que o que eu tinha não era fruto de honestidade. O que ela sempre nos ensinou, a sermos honestos, pessoas de bem, como ela dizia. Aquela atitude dela em relação a isso muito me irritava, como podia aquela situação, ela preferia a vida pobre que vivia a desfrutar do conforto  que eu podia lhe oferecer.
Muitas vezes insisti com ela para que aceitasse a ajuda que eu queria lhe dar e sempre ouvia a mesma coisa, a negativa veemente dela em relação a aceitar qualquer coisa e a afirmação consistente de que eu andava por caminhos errados e que um dia eu teria que acertar as contas com Deus. E que ela tinha me ensinado as coisas certas a fazer, mas  eu preferia aquela vida de erros e ela não queria compartilhar com isso. Iria pedir a Deus que me desse juízo e que perdoasse todo mal que estava fazendo as outras mães.     
Tentei me aproximar várias vezes com intuito de oferecer ajuda e com isso tentar ter o perdão dela. Nunca entendi que ela não tinha raiva de mim, que sofria pelo que eu tornei.  E assim o tempo passou, desisti de procurá-la e fui vivendo. Um dia recebi a noticia de que ela havia morrido. Sofri e chorei muito, procurei o local que ela havia sido sepultada. Solicitei a transferência dos restos mortais dela para um cemitério onde os mais ricos da cidade eram enterrados. Fiz-lhe um belo túmulo, ali de certa forma eu realizava o sonho de fazer a vida dela mais confortável. Como idiota eu fui! 
Os anos se passaram e eu sofri um infarto fulminante que nenhum dinheiro serviu pra que eu continuasse vivo, sequer tive a oportunidade de ser acolhido para tratamento em hospital.
Assim despedi-me da minha “boa vida”, repentinamente e sem poder levar comigo nada de material que eu tinha. A única coisa que eu levei foi a minha consciência culpada. Quando me dei conta do que eu tinha feito da minha vida, sofri com um arrependimento que me corroí e rouba o sossego.
Lembrei-me da minha mãe, daquela alma boa, simples e sábia, lembrei da decepção que impus a ela com minhas  atitudes e com minha ambição.
Hoje sozinho em triste lugar, ouço as mães daqueles jovens, daqueles mesmos que aliciei para o mundo nefasto das drogas. Não tenho sossego, tudo o que eu quero é me aliviar, é fugir de mim mesmo e da minha consciência. Mas como? Não há o que fazer, sei que mereço esse sofrimento, tudo isso eu cavei com as minha próprias mãos  o pior, não foi por falta de orientação.
Nesse instante, no auge da minha dor procuro incansavelmente pela minha mãe, imploro para que ela venha até a mim e me ajude, mas eu sei que de onde ela está não é possível acolher-me, ela é luz, evolução e bondade. Hoje os papeis são inversos, ela brilha e eu padeço pelos meus atos,
Mãe querida tudo que eu faço é te pedir perdão, perdão por esse filho que não soube te ouvir, que preferiu !!

Um sofredor por opção.            
                                                           
Psicografia recebida em 2016.    
Médium:  Débora S. C.