sábado, 27 de agosto de 2016


NÃO SUPORTEI  PERDER  MEU  FILHO

Sinto muito, muito mesmo, fui um tolo, eu pensei que seria o meu fim, mas infelizmente percebi que não tenho esse poder de acabar com uma vida, se não fui eu que criei.
 Sou um homem covarde não suportei a dor de ver um filho morto, se eu tivesse o conhecimento que tenho hoje, jamais tiraria a minha vida. Hoje sei que vivo e tenho certeza que meu filho também vive e vive em melhores condições que eu.
Sofro dores horríveis e clamo por perdão, sei que Deus já quer e tem todo cuidado comigo, mas eu não consigo sair daquele lugar escuro com lamas pretas, árvores sem vida, rochas e mais rochas, escuto lamentos e choros dias e noites. Não sei por que não fiquei louco ainda.
Um dia eu orei a Deus e falei da minha dor e da saudade que sentia do meu amado filho e minhas chagas que tinha uma dor latente e constante foi amenizando e foi ficando cada vez menor até que não mais senti, e veio um calor, senti fome, lembrei da água como se eu renascesse naquele momento. E diante de tudo que sentia não parei de orar e sentia que o Pai queria ouvir algo de minha boca, mas a vergonha não deixou falar e pedir, voltei a sentir dores e tudo foi ficando escuro e tudo voltou como antes o horror, a angustia e o desespero.
Em breve momento pensei: “o que o Senhor quer que eu diga?”, mas não sou digno, sinto vergonha e não suporto mais esse sofrimento.
Eu peço socorro e peço perdão, perdão meu Deus, perdão meu filho, perdão meus familiares e esposa. Perdão, perdão a minha mãe querida.
Diante deste meu desespero e de verdadeiro sentimento de entrega, fui tomando de um sono, um sono incontrolável e hoje estou aqui diante de pessoas iluminadas e de bom coração me ensinando e mostrando para mim que estava totalmente errado em tirar a minha vida.
Sei que a qualquer momento estarei do lado do meu amado filho, onde iremos viver um tempo juntos até o meu retorno à Terra  para acabar com a minha missão que eu mesmo interrompi.
Um grande e sincero abraço.

José Carlos Afonso.

 Psicografia recebida em 2016.

             Médium: M. Nicodemos.

domingo, 21 de agosto de 2016


EDUCAÇÃO OPRESSORA GEROU O ÓDIO

Fui criada numa educação opressora. Onde se pedia benção aos pais. Onde se obedecia rigidamente todas as regras impostas fora e dentro de casa.
Eu e meus irmãos tínhamos que andar na linha, pois um desvio papai com sua rigidez batia e batia muito e castigava. Obedecíamos por medo e não por respeito. O medo era tão grande que não podíamos ter vida própria, pois vivíamos a vida que ele queria para nós.
Me perguntava todos os dias porque Jesus na sua infinita bondade tinha me dado um pai tão severo e opressor. Mamãe era mais ponderada, mas concordava com ele por medo e não por respeito.
Essa foi a minha vida durante 20anos até que conheci um rapaz e passei a amá-lo. Gesiel era o nome dele. Muito querido passou a me orientar em como devia ser meu trato com ele. Não pude colocar em pratica essas orientações, pois não conseguia de forma alguma enfrentar papai, o medo sempre foi maior que tudo. Ele era um verdadeiro coronel.
Bem, resolvi apresentar Gesiel a papai, pois se ele descobrisse que estávamos a nos encontrar escondido poderia me matar. Temia por minha vida. Me apeguei muito a Gesiel, pois ele era pura demonstração de carinho e amor. Não saberia mais viver sem aquela pessoa que me apoiava e me amava apesar da pouca idade. Papai ao conhecer Gesiel foi violento. Colocou o rapaz porta a fora e disse que quem escolhia o namorado para filha seria ele. Que casaria com quem ele escolhesse e não com quem eu escolhesse.
Sofri muito, pois passei a ser vigiada e minha vida se tornou muito mais difícil e atormentada. Devido a tanta tristeza fui acometida de uma tuberculose que me deixou meses de sofrimento, até que minha vida teve fim.
Tive que partir para uma nova etapa. Chequei cheia de dores, revolta e tristeza. Já faz muito tempo que ando por aí, a espreita aguardando a chegada daquele que tanto me atormentou. Sei que ele também se foi, morreu, então ele retornará aqui. E eu aqui a esperar.
Não sou vingativa, mas luto por encontrá-lo. Preciso olhar nos olhos dele e mostrar toda minha revolta. Estou aqui sim vagando, sofrendo e atormentada, mas me sinto viva para dizer que o odeio.                            

 Eu sou Fátima de Oliveira.   
                           
            Médium:  R. Faria.

sábado, 13 de agosto de 2016


PAI QUERIDO

Pai querido,
Eu te peço perdão por tudo que te fiz passar enquanto permaneci em sua companhia. Você certamente pode compreender a razão por eu não ter estado tão presente em sua vida, porque não mantínhamos uma relação tão cordial e porque não éramos amigos confidentes. 
Sentia você sempre distante e achava que não se preocupava com meus problemas, ao contrário da minha mãe que ficava entre nós dois neste campo de batalha. Hoje me arrependo de tudo isso. De não ter tido com você uma relação mais amorosa de pai e filho. De compartilhar minha vida e meus sentimentos.
 Se eu tivesse dado abertura quem sabe você entraria de corpo e alma na minha vida. Não quero te culpar por essa relação fracassada e nem pelo tempo perdido, pois ainda vamos ter novas oportunidades de resgate dessa relação. 
Posso te dizer que te amo. Que apesar da distância afetiva sempre te tive como exemplo para muitos pontos da minha vida.
Poderia passar a noite inteira aqui escrevendo para você, pois a quanto tempo esperei por este momento, mas vejo que não há necessidade para muitas palavras. Apenas peço perdão pelas minhas falhas. Por ser tão e somente voltado para mim e para minhas coisas, não observando que você realmente existia e que era meu pai.
Vejo com mais clareza a vida e saiba que não morri apenas mudei de plano e estou do lado de pessoas muito querida. Sua mãe veio me acolher e apesar de não conhece-la senti um enorme carinho por ela. Ela, tão mais esclarecida que eu, pode me orientar no primeiro momento que me dei conta que havia “morrido”.
Pode acreditar que quem escreve é seu filho. Sei que não tem preparo para isso e certamente pensaria que um morto não pode se comunicar. Te entendo pois também pensaria assim em um outro momento. Hoje já tomei ciência da situação e posso compreender bem melhor.
Mais uma vez te peço perdão e se um dia tivermos a oportunidade de nos encontrarmos novamente, prometo que farei tudo para que seja diferente.
Deixo-te um abraço bem caloroso nesse corpo que já cansado ainda pode receber o meu amor. Fica na paz de Jesus.
                  
                         Augusto da Silva.    
       
  
  Psicografia recebida em agosto, mês dos pais.                                        
  Médium:  R. Lameirinhas.

sábado, 6 de agosto de 2016

DESONESTIDADE  E  AVAREZA

 Ah o dinheiro! Quanta ilusão se cria em torno dele, em trono da riqueza, na busca desenfreada de ganhar cada dia mais, chega a ser um vício, a pessoa vicia-se em ganhar dinheiro.
Quando se ganha através do esforço do trabalho ainda vá lá, mas quando se quer ganhar sem esforço, através de ações condenáveis, quanto mais a pessoa vai se endividando. Não sou contra quem ganha seu dinheiro e adquiri uma fortuna e torno do trabalho, mas condenando uns que como eu fiquei rico de maneira ilícita, através do sacrifício do outro. Para esses como eu a dor do remorso é muito grande.
Só agora entendo quanta besteira, quanta gente prejudiquei para ser rico, para viver com luxo. Hoje vejo que poderia só com o meu trabalho ter tido dinheiro mais que suficiente para levar uma vida tranqüila e abastada, mas isso não me bastava, eu queria sempre mais.
Quanta ilusão! Vivemos com luxo, com todo tipo de conforto, e assim vamos achando que isso é o máximo, ter muito dinheiro e reconhecimento, ser uma pessoa que todos admiram não pelo que são, mas pelo que tem. Quanta bobagem!
Sabe eu quando na carne nunca parei para pensar na morte, e vivia feliz da minha vida, até que um belo dia recebi a visita indesejável da morte. Sofri muito quando me entendi por morto, era ainda um homem forte de meia idade em pleno vigor físico e mental, tendo uma vida invejável.
Quando percebi que tudo aquilo que eu tanto amava, não os que eu amava, as coisas que eu amava não eram mais minhas quase fiquei doido. Pra cá não trazemos nada, voltamos sem nada de material. Riqueza, dinheiro? Aqui de nada servem. Aquela fortuna toda que construí de maneira infeliz de nada me adiantaria, nem o corpo nos pertence.
Pra cá só vem conosco as boas obras, os conhecimentos e tudo o que adquirimos moralmente, nada mais que isso.
Aos que acumulam dinheiro, que sentem como eu sentia amor pelo dinheiro, é a vocês que eu falo. Sofro muito pelo que de errado fiz, mas também me pesa a consciência as coisas que deixei de fazer. Com minhas possibilidades poderia ter ajudado a muita gente.
Não ajudei ninguém, me tornei avarento, não me preocupava em ajudar seja lá quem fosse. Conforto era só para os que viviam comigo debaixo do mesmo teto, mulher e filhos, no mais não me interessava por ninguém, vivia de maneira a cultuar o meu dinheiro sem pensar que tantas pessoas eu podia ter amenizado as dores com alguma ajuda. Hoje sei quantas noites pessoas da minha própria família passavam muitas vezes noites em claro a se preocuparem com as contas. Porque não vi isso antes?
Hoje vejo o quão egoísta eu fui, não pensei em ninguém. Sofro por isso, agora com esse entendimento digo-lhes que preferia ter tido uma vida de privações necessidades ao ser o avarento que fui. 
Peço a Jesus que me perdoe, ampare aos que deixei de ajudar e abençoe também aos que eu fraudei de maneira ou outra. Preferia ter sido um ladrão vulgar do que o ladrão honrado que eu era. 
Me preparo para a reencarnação, vou renascer em lar extremamente pobre, assim sentirei na carne o que é ser pobre e não ser ajudado. Sigo confiante e feliz, essa prova será para mim mais leve.
Tenho fé que serei um cidadão do bem, viverei do que eu honestamente ganhar com o suor do meu trabalho.
Jesus irá me ajudar.
Embora sabendo que terei enormes dificuldades financeiras, me sinto muito feliz em poder reparar esses terríveis defeitos, desonestidade e avareza.
Que Deus me auxilie.
Vocês que muitas possibilidades financeiras têm, pensem nas minhas palavras.
Luz no coração de todos. 

Horácio. 

            Psicografia recebida em 2016.                                     

            Médium:  Débora S C.