sábado, 24 de setembro de 2016


JAMAIS COMETAM O SUICÍDIO

            Estou preso em um quarto escuro. Não vejo nada, mas ouço gritos, gemidos e queixas de dores atrozes.
            Vou apalpando para ver se encontro uma porta, uma janela ou uma fresta, mas nada. Uma pessoa às vezes aparece e diz: “Porque cometeste a falta mais grave que um ser humano pode fazer? Sois um suicida.”
            Quando assim diz sinto dores que arrebentam o meu cérebro, pois dei um tiro em meu ouvido. Estava desesperado envolvido por muitos problemas. Todos se afastaram de mim, só se aproximaram os meus credores que não eram poucos.
            Tive uma vida invejável, pois fui um vulto de relevância na mídia.
            Todos me achavam belo, cheio de charme e “bem de vida”. Mas mal sabiam o meu dilema, envolvi-me com drogas e coisas ilícitas e fiquei num beco sem saída, até que um dia eu não agüentei e liquidei com minha vida.
            Às vezes até ajudei alguém antes de minha bancarrota.
            Quero sair desse lugar... Mas não tenho condições.
             Estou fazendo esse relato no intuito de alertar a todos que lerem, que jamais, jamais mesmo, cometam o suicídio.
            A vida não é nossa, mas pertence a Deus.
            Agora é tarde...  Já morri pelo suicídio.
         
            Um espírito suicida que pede preces.
   
                                                                    
           Psicografia recebida em 2016.                                     

           Médium: Catarina.

sábado, 17 de setembro de 2016

MÃE PRECISO DO  SEU  PERDÃO

 Mãe querida é a você que me dirijo hoje para te pedir que me perdoe. Só hoje mãe eu entendo tudo o que te fiz sofrer, sofro em pensar as lágrimas que derramaram dos seus olhos por minha causa. Quanta tristeza causei a você mãe querida, quantas noites em claro, quanta dor...
Tudo que te fiz sofrer, eu hoje é quem sofro, sofro pelo arrependimento, sofro por não mais poder te dar tudo o que não te dei, e o que mais eu precisava ter dado, tranqüilidade, tranqüilidade para viver. Desde que me tornei adolescente até o dia do meu regresso você não teve um minuto de tranqüilidade, me arrependo muito de tudo o que eu fiz você sofrer.
Não posso colocar a culpa nas companhias que eu tinha, eu era a pior delas, a mais sem juízo, a mais perversa.
Poderia ter feito para mim um futuro muito diferente e estar hoje aí ao seu lado, mas fiz tudo errado. Sentia prazer em me comportar tão levianamente, gostava de viver perigosamente, acho que no fundo não tinha muito a noção de quem eu era. Não fazia você sofrer por prazer isso não, gostava da vida que eu levava, nisso sim sentia prazer, mas acho mesmo, não querendo me justificar, que no meu egoísmo e imaturidade não achava que você sofria tanto. Eu estava feliz e na minha cabeça conturbada bastava você aceitar tudo e o seu sofrimento não iria existir, era só me entender o jeito torto de ser.
Hoje vejo que não é assim e nem poderia ser, o que eu precisava era que alguém me freasse os instintos, como tantas vezes você tentou fazer.
Me perdoe mãe querida, só hoje entendo sua dor! Como não sofrer? Como me arrependo, sei que é tarde, mas essa dor do remorso, dor de ter feito tanta coisa errada. Muitas vezes achava que minhas atitudes só prejudicavam a mim mesma. Quanto engano!! Quantos corações machuquei e fiz sofrer com meus atos, que ilusão pensar que nossas ações não geram reações e as minhas ações geraram muitas reações dolorosas.
 Quem mais sofreu foi você minha mãe, mas não foi só a você quem machuquei, tenho que ser perdoada por muitos outros corações, que nem sempre são generosos como o seu que me envolve em fluidos de paz, que me direciona preces do coração.
Há mãe os que não conseguem ser nobres como você e me envolvem em fluidos pesados, em pensamentos de raiva, de rancor e de mágoa que muito me faz sofrer. Bem sei que mereço esse sofrimento, um dia sei que conseguirei o perdão dessas pessoas também, sei que terei outras oportunidades de ressarcir meus erros, não sei nem quando nem como, mas sei que terei.
Hoje mãe querida o que me importa é você, é o seu perdão que eu quero, é pelas suas vibrações de amor, por suas orações que eu quero agradecer. Sei que a bondade infinita de Deus nos permite oportunidades de reparamos nossos erros e sou muito grato a Ele por isso.
Tento ser melhor a cada dia, busco mesmo que com dificuldades enormes a minha evolução espiritual e assim vou caminhando passo a passo, dia a dia, mas na certeza de que um dia serei melhor.
Te amo mãe, desculpe se nunca consegui demonstrar esse amor, desculpe por ter feito você sofrer tanto.
Obrigada minha mãe por ter tão generosamente me acolhido como sua filha.

Elvira.       
  
            Psicografia recebida em 2016.                                     
            Médium:  Débora S C.

sábado, 10 de setembro de 2016


PACIÊNCIA E CONTROLE

        Esposei uma linda moça que concretizava todos os meus sonhos de rapaz. No início vivíamos como que arrebatados por uma atmosfera de alegria, de paz e de encantamentos.
        Veio o primeiro filho, que alegria! Nosso lar foi abençoado e o segundo... Minha esposa se recusava em ter o terceiro. Estava muito distante e muitas vezes me recusava o carinho. Eu compreendia, era o medo de engravidar.
     Os anos passaram, os filhos cresceram e ela mudou tanto de temperamento que era irreconhecível. Era uma mulher diferente, freqüentava muitos salões de beleza e estava muito fútil.
          Eu fazia de tudo para dela me aproximar, conversar um pouco com ela para saber por que motivo ela se afastava tanto de mim. Eu ainda a amava.
          Meu primeiro filho começou a namorar e quis se casar. Já estava um homem feito. Era um rapaz muito centrado, estudou e já trabalhava. Preparou o casamento e se foi para constituir sua família.
          O segundo veio até mim e demonstrou a vontade de concluir seus estudos fora. E se foi também. Ficamos só eu e ela.
         Qual não foi minha surpresa em saber que ela também me abandonaria. Chamou-me à parte e disse com toda frieza: Já não te amo mais, ou melhor, nunca te amei e meu coração não te pertence. Meu coração pertence a outro...  E eu num lance de ódio, fui até ela, a esbofeteei, corri até meu quarto, no móvel fechado, e peguei um revólver e a matei.
          Oh! Destino cruel! Por quê? Por quê? Que fiz de errado? Tudo ou nada? Ela jazia morta, e eu não tinha mais recurso. O recurso que tive às mãos era virar o revólver contra o meu peito e me matar.
        Ai sim, sofri, sofri, sofri muito. A dor e o remorso, a cobrança de todos, dos vivos e os mortos. A minha própria cobrança o que fazer? Não sei.
        Hoje já estou melhor depois de muito tempo (não sei exatamente quanto) de sofrimento atroz; o tiro retumbando no meu peito, os gritos de minha esposa ao morrer... Isso me perseguiu e me persegue sempre.
          Tenho arrependimento do que fiz e sei que não sou digno de perdão. Mas segundo aprendi por pessoas que me ajudaram Deus vai me perdoar. O orgulho de um homem ultrajado e traído, a falta de uma religião, a falta de fé me venceram.
        Hoje sei que tudo isso vai passar e eu aqui estou prestando este testemunho pedindo a todos: Não percam a paciência e o controle nunca.
         O descontrole faz muitas vítimas que se calam sem querer, sofrem por terem feito o que não queriam fazer e fazem sofrer aqueles que lhe querem bem.   
   
            Benedito de Jesus.

           Psicografia recebida em 2016.                                     
              Médium: Catarina.

sábado, 3 de setembro de 2016


A MORTE NÃO EXISTE

Era um ano tão importante, tantas coisas boas estavam acontecendo, quanta felicidade eu estava sentindo.
Era outono, a época do ano que eu mais gostava, estava radiante.
Naquela tarde, só mais uma daquele ano, que eu acharia que seria normal, mas de normal nada aconteceu, estava a caminhar à casa de minha vó, a algumas quadras de minha casa, quando ao passar por uma casa velha abandonada, fui surpreendida por um homem, um ser de aspecto estranho, sujo, o qual feito um felino ávido por sua presa, agarrou-me de súbito e levou-me para o interior daquela casa, a qual passou a ser não mais uma casa, mas sim uma masmorra onde por muitos dias fui violenta, fui humilhada naquela casa, sai do céu de minha juventude, da felicidade, ao inferno de sofrimento e dor.
Ali naquela casa encontrei nas mãos daquele homem a morte, a tão temida morte. Naquela casa todos os meus sonhos foram desfeitos, tudo acabou, tudo.
Ao abandonar meu corpo toda dor cessou, todo sofrimento acabou, as trevas daquela casa se dissiparam, uma luz tão bela se fez naquele lugar terrível, um ser tão belo que irradiava uma luz tão branca e tão suave, um ser de sorriso alvo e olhar cativante que estendia suas mãos em minha direção e convidava-me a sair dali.
Como uma tábua de salvação nos destroços de um naufrágio, aninhei-me nos braços de tão doce criatura e adormeci...
Acordei não sei quanto tempo depois em um lugar tão bonito e limpo, um lugar aprazível onde reinava muita paz. Minha doce bisavó ali me recepcionou e entendi por intermédio de suas palavras tudo de novo que ali estava começando para mim.
Lembrei de papai e mamãe, que tão cedo tive que separar-me e uma dor e saudade intensa invadiu meu coração, mas com a ajuda da bisa Anita soube aceitar e entender.
Os dias transcorreram naquele novo lar e com a ajuda de bondosos amigos segui para uma escola onde tantos jovens, como eu, ali estudavam.
Descobri que crianças e adolescentes como eu era, sempre são acolhidos e amparados na hora derradeira.
 Meus amigos, nesta noite, com a permissão de nosso Mestre Maior, tive a oportunidade de aqui poder falar um pouco de minha vida, poder dizer que a morte não existe, que Deus nunca desampara seus filhos, que aquele irmão que naquele momento infeliz de loucuras ceifou-me a vida, que Jesus o ampare e que o meu perdão possa chegar até ele.   
Dizer que sou feliz, bendizer a Deus e a Jesus e agradecer aos meus queridos pais por terem me dado a oportunidade da vida e o amor que sempre dedicaram a mim.

Beatriz.  

            Psicografia recebida em 2016.                                     

            Médium: Luciano C.