quarta-feira, 28 de dezembro de 2016


COMO SE FOSSE O SEU ÚLTIMO DIA

O que dizer? Se estou bem? Não estou eu queria ficar mais com meus, eu queria viver a minha vida, que eu estava vivendo.
Com a minha alegria e com o meu bom ânimo eu estava sempre agradecida a Deus por mais um dia, e agora me encontro “morta”, morta sim, não vivo a vida que eu desejei, não estou com os meus amigos. Sim estou morta, e outra, não conheço nada sobre o espiritismo, não acredito em reencarnação, não quero viver com os outros e sim com os meus, sei que não será possível, mas no momento é o que eu quero. 
Meu desencarne, morte, foi muito de repente, eu estava com saúde boa, me sentia animada e com vontade de viver aquele dia intensamente, agora escrevendo estas palavras, é estranho eu tinha uma angustia no meu peito, e não liguei os fatos. Eu estava eufórica, elétrica e querendo resolver tudo e com muita atenção para não haver erros. Engraçado hoje sei bem o porquê, era o meu último dia na Terra.
 Ah meu Deus se eu soubesse que seria o meu último dia, teria largado tudo de lado e teria ficado com o meu grande e intenso amor, ficaria abraçada com a minha mãe, teria dado aquele beijo no meu pai, teria acordado ele e não sentiria pena de interromper seu sono matinal, mas infelizmente não sabia que seria o meu fim e que um mal súbito me tiraria a vida e me levaria para um mundo desconhecido e estranho.
Estou sem vida para vocês aí na Terra e cheia de vida aqui na espiritualidade, sofrendo as mesmas dores, saudades, amando o meu querido José e morrendo a cada dia de revolta, de perguntas que não tenho ainda condições de entender as respostas. Eu queria viver mais, como eu era feliz e grata por tudo que tinha. O que fiz a Deus para Ele ter me dado tão pouco tempo e ter me dado tantas graças?
Eu nasci em uma família super respeitosa, trabalhadores, honestos e que me amava e eu sentia o amor de todos, uma menina que sentia que seria uma grande e talentosa médica, que salvaria vidas, que levaria alegrias, esperanças a tantas pessoas, mas não, fui retirada sem piedade do convívio dos meus, por que Senhor, por quê?
Eu sinto que sou querida e sinto as vibrações de amor dos meus, mas eu queria mais muito mais.
Tenho que ir, desculpas, mas não sou uma pessoa triste e sem esperanças, mas ainda não tenho a sabedoria do entendimento e compreensão dos fatos.
Um grande abraço a todos e vivam a vida como se ela fosse o seu último dia, não deixe de beijar, abraçar, dizer que ama e que é feliz para seus pais, amigos e namorado.

Maria Joaquina Mendonça.

 Psicografia recebida em 2016.
             Médium: M. Nicodemos

sábado, 17 de dezembro de 2016


MÉDICO OU COMERCIANTE DA SAÚDE?

 Passei grande parte da minha última encarnação vivendo em uma grande cidade. Como em todos grandes centros ali tinha gente de todo jeito, ricos, milionários, pobres, paupérrimo e os que não tinham nem onde morar.
Vi de tudo, na minha condição de médico do serviço público, recebia doentes de classes financeiras muito prejudicadas, esses doentes eram tratados tão somente naquele ambulatório do serviço público. No meu consultório particular atendia as abastadas. Assim sendo não fiquei sem saber o que uma pessoa sem recurso sofre com a falta de oportunidades, mesmo a mais básica que é ter saúde, de ser tratado com dignidade.
Nesse ambulatório os doentes eram atendidos por mim de maneira fria, muitas vezes não permitia nem mesmo que o doente assentasse numa cadeira para relatar o problema. Quantas vezes eu mal olhei para essas pessoas, não perdia meu tempo em fazer uma consulta minuciosa para que pudesse dar um diagnóstico certo. Receitava algo que pudesse amenizar a dor, e nada mais tratava-os com muito descaso.
No meu consultório particular o assunto era outro, me detinha aos mínimos detalhes e usava de todo o meu conhecimento para ser preciso no diagnóstico.
Quando penso nisso me sinto o pior dos seres, não fui um médico, fui um comerciante da saúde. Desperdicei o maior beneficio que poderia obter da medicina que era ajudar amenizar a dor e sofrimento de todos, não só a dor dos que podiam pagar, os que com seu dinheiro mantinham o meu conforto, mas também dos pobres que eu recebia através do governo, porque esses não eram atendidos por favor, eu recebia para isso.
Atender alguém que não pudesse pagar? Jamais. Recordo do filho pequeno de uma mulher que trabalhava em minha casa estar doente, e eu estando tão próximo daquela família nada fiz para ajudar, mandei que a mãe o levasse no tal ambulatório e ali friamente atendi aquela criança. Hoje agradeço por não ter sido um caso grave senão meu remorso seria ainda maior.
Fico pensando a quantos humilhei com minha arrogância, quantos maltratei com meu pouco caso e indiferença.
O tempo passou, eu tive uma vida confortável e feliz... Até que regressei e aí pude ver tudo o que eu fiz e tudo que eu poderia ter feito. Vivi feliz na carne, mas do que adiantou se hoje aqui sofro com esse remorso que me corrói a alma.
Quantos encontrei aqui que viviam tão pobremente e hoje eu que era o Doutor sou o mais pobre dos homens.
 Agradeço a Deus por ter conseguido entender tudo que eu fiz de errado e agradeço mais ainda pela oportunidade que eu sei que terei em reparar todo esse mal, em poder ter a chance de uma outra existência e poder ter oportunidade de ser uma pessoa melhor.
Obrigado Jesus por me mostrar meus erros e me fazer aprender através da dor.
Hoje sigo em busca de paz, paz que só terei quando puder olhar meu próximo com carinho, atenção e amor, sem pensar quanto esse próximo tem e não o que ele é.
Orem por mim.

Meu nome? De que interessa!
Chamo-me egoísta.        
  
            Psicografia recebida em 2016.                                      

            Médium:  Débora S C.

domingo, 11 de dezembro de 2016


NÃO  ABORTEM,  NÃO MATEM.

         Oh Jesus, porque tu que sois o maior espírito que já nasceu, viveu e morreu na Terra não me ajudas?
         Sou sofredora demais, sei que errei demais, mas mereço uma complacência. Fui muito vil, nasci em berço de ouro, tive tudo que eu podia ter. Fui casada, tive filhos... Ah os filhos tive apenas os que eu quis... Os outros eu abortei, e esse foi o meu erro... Na queria mais nada que me estorvasse. Eu gostava de vida boa, de viagens, de luxo, de festas... E os filhos estorvariam.
         Os que eu tive, foram dois, eu os entreguei a colégios caros, depois a pessoas que pudessem ser seus tutores. E eles nem se importavam comigo... Também eu não me importava com eles. Eles que se virassem. Eu queria aproveitar a vida.
         Fui mulher bonita e de sociedade, uma vez que meu marido tinha um excelente emprego e se envaidecia ao me apresentar como sua mulher...
         Bem tratada, bem vestida e a vida foi passando. Eu jamais pensei em ti Jesus... Só quando num leito de hospital vi teu retrato e um crucifixo que me faziam pensar em ti, enquanto esperava um tratamento revolucionário que me prometeram, pois a minha doença foi um câncer avassalador que me carcomia por dentro.
         Sentia dores horríveis; veio até meu leito um grupo de pessoas que conversaram comigo, falavam sobre Ti, Jesus, e me consolavam dizendo que a morte não existia e que tudo passaria. Eu não acreditei, mas como não havia algo melhor para me consolar eu peguei essa dica e comecei a pensar: --Será que isto é verdade? São pessoas tão serias e estudiosas... Talvez isso seja verdade...
         E eis que aconteceu, eu sei que morri, mas não morri, eu estou aqui a vos falar, mas algo muito ruim está acontecendo comigo... Eu ouço choros de crianças que me chamam: mamãe, mamãe...  Eu corro para ajudá-las e elas evaporam como fumaça, mas o choro continua. Às vezes ouço outras coisas: Por que a senhora não me quis e me matou? Por quê? Eu acho que estou ficando doida.
         Jesus me ajude, agora eu não faria mais isso, pois sei que fiz errado, mas também não me arrependo. Só sei que não farei de novo.
         O que fazer meu Deus?
         Ajudem-me com suas preces, pois necessito delas.

          Maria, um espírito atormentado que pede preces.      
           
                                                                          
 Psicografia recebida em 2016.                                     

 Médium: Catarina.

domingo, 4 de dezembro de 2016


MENINO POBRE  E  DESCALÇO, MAS FELIZ.

Ah, se eu pudesse voltar a ser criança, quantas coisas teria feito diferente, quantos caminhos eu deixaria de trilhar, quantos equívocos eu deixaria de cometer. Ser criança e ser feliz e viver uma vida verdadeira, porque não vivi toda minha vida como uma criança?
Não cheguei aos 22 anos de idade e neste pouco tempo de vida carnal sinto que fui bem pior que um velho guerreiro medieval.
Nestes anos de vida, acumulei tantas dívidas que se fosse sanar e repara cada uma em uma encarnação, levaria milênios...
Hoje vejo que a cegueira da alma, os vícios, as ambições e todas as vis paixões mundanas de nada adiantaram, pelo contrário me jogaram num lodaçal, num poço de desilusão. Não trouxe nenhum bem material os quais foram meus “tesouros”, tudo ficou no dia que cerrei meus olhos para a vida carnal; sai da terra como um “patrão” e aportei neste mundo como um escravo, um lixo humano.
Que saudades sinto quando era aquele menino pobre e descalço, mas feliz, não tinha ambição, nada era difícil e eu era feliz a meu modo. Naquela encruzilhada da vida quando tinha 15 anos, eu não deveria ter seguido o comando que segui, deveria ter feito diferente, mas a ambição e a falta de bons conselhos me fizeram seguir o caminho que segui e que me levou a derrocada, quando achava o contrário.
Hoje estou arrependido, mas não só de arrependimento irá bastar, sei que tenho de reparar todos os atos que pratiquei e mesmo que leve uma eternidade, rogo a Deus que me conceda a chance de tornar-me limpo novamente e quem sabe voltar a ser como criança novamente, ser puro.
A minha mãe, que nunca a conheci, hoje quero pedir-te perdão, você gerou esse ser tão cruel que fui. Perdão.
Que seja feita a vontade de Deus e que ele tenha piedade de mim.
   
 Osvaldinho.

            Psicografia recebida em 2016.                                     

            Médium: Luciano C.