SUICIDA? EU?
Minha última experiência na Terra foi um tanto
conturbada, embora tivesse todas as oportunidades de ter sido uma existência
feliz já que nasci em uma família feliz e compreensiva. Meu corpo era perfeito
e minha inteligência privilegiada, mas ao contrário disso tudo, não aproveitei
o que de bom tinha trazido.
Fui pessoa famosa, muito conhecido, fiz muito sucesso
e, como se nada disso me bastasse, comecei a procurar outros caminhos: primeiro
a bebida, o inebriante efeito do álcool me deixava em êxtase, depois com drogas
leves, pois o álcool já não bastava e, por fim, me envolvi com drogas mais
pesadas.
Cada vez procurava por emoções mais fortes e, assim,
de busca em busca, fui me afundando mais nos vícios.
Comecei a não mais cumprir meus compromissos, tendo
muitas vezes que pagar grandes importâncias para pagar multas por não cumprir
os contratos. Quando não estava drogado, passava a maior parte do tempo
dormindo e assim fui ficando pior a cada dia. Já não havia mais nada daquele
jovem sonhador e cheio de vida.
Até que um dia meu coração não aguentou e acabou
falindo por tantas drogas. Tive uma overdose e parti da pior maneira,
completamente louco.
Quando acordei e vi a maneira como eu estava, me
desesperei muito. Estava sujo, cabelo desgrenhado, unhas enormes, enfim, parecia
mais um homem das cavernas. Escutei um coro de espíritos tão sofridos como eu a
me chamar de suicida, não conseguia compreender. Suicida? Não, isso não! Eu
gostava de viver, de aproveitar minha vida, isso nunca!
Não sei quanto tempo passei dessa maneira, até que fui
resgatado por espíritos bons que vieram ao meu auxílio, me limparam, cuidaram
de mim e me fizeram entender o que eu havia feito da minha vida. Sofri por ter
visto e entendido o quanto fui tolo achando que aquilo era “viver”.
Agora, muitos anos depois do meu desencarne, me sinto
melhor, ainda estou em tratamento e melhorando a cada dia.
Deixo aqui um pedido aos jovens que, como eu, veem nas
drogas a maneira de viver intensamente. Não façam isso, não desperdicem a
oportunidade, não se deixem influenciar por amigos que convidem a experimentar
os primeiros porres, as primeiras experiências com as drogas.
Meus amigos não se deixem enganar, ainda há tempo,
saiam dessa vida. Vamos amigos, força! Vocês vão conseguir! Não queiram chegar
aqui da maneira como cheguei, retomem as rédeas das próprias vidas.
Força amigos, força e coragem.
Meu nome?
Meu nome é Música.
Psicografia recebida 2017.
Médium: Débora S C.